Mortes dos prefeitos Grama e Toninho, captura de Saddam Hussein e atentados terroristas são destaques da mostra (Gustavo Tilio)
A exposição itinerante "Correio Popular 95 Anos" chega nesta quarta-feira à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em solenidade de abertura oficial para convidados. A partir de quinta-feira (5), já poderá ser visitada pelo público, em geral. A mostra reúne 26 capas históricas, 40 troféus e outras premiações recebidas pelo Correio, além de publicações renovadas, como a Revista Metrópole, e suplementos especiais, entre eles o Jornal da Mulher. Montada no Centro de Memória da Unicamp, no 3º andar da Biblioteca Central César Lattes, a exposição permanecerá na universidade até o final de maio, com entrada gratuita. A curadoria da mostra é da diretora de Marketing do Grupo RAC, Aline de Oliveira Rodrigues.
"A chegada da exposição itinerante dos 95 anos de história do Correio Popular à Unicamp é um marco nos nossos objetivos. Quem não reconhece a Unicamp como a instituição mais representativa da cidade? A Unicamp é reconhecida mundialmente pela geração de conhecimento, de pesquisa, de saber, de desenvolvimento social, cultural e científico. Adentrar com nossa exposição nesse templo é uma honra. É alcançar metas. É chegar ao Olimpo. Obrigado, Unicamp", enfatiza Ítalo Hamilton Barioni, presidente executivo do Correio Popular.
O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, Tom Zé, também destacou a importância da mostra. “A vinda desta exposição para a Unicamp enriquece o ambiente universitário, pois oferece à comunidade acadêmica a oportunidade de conhecer parte da história de Campinas por meio das capas do Correio Popular, jornal que testemunhou e retratou os principais acontecimentos da cidade ao longo dos últimos 95 anos.”
A Unicamp é a terceira instituição a receber a mostra itinerante, que traz a história narrada por meio das capas do jornal. A Academia Campinense de Letras (ACL) foi a primeira e, em seguida, foi a vez do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Campinas). "Foi um orgulho, para nós do Ciesp, receber essa exposição e lembrar que fazemos parte disso. Nesses anos todos, por muitas vezes, estivemos na primeira página do Correio Popular e isso nos orgulha muito. O Correio Popular é o principal meio de informação da cidade, a principal mídia impressa", afirmou o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa.
"A exposição itinerante ficou em um espaço onde diversos empresários passam todos os dias. Há atividades no Ciesp, cursos, palestras e outros serviços, então, a exposição permitiu que essa parte histórica pudesse ser verificada", concluiu Corrêa.
Entre as capas que fazem parte da exposição que mais impactam o público estão as que trazem a morte de dois prefeitos de Campinas. Uma delas é sobre o falecimento de José Roberto Magalhães Teixeira, que também foi vereador, secretário de Cultura, deputado estadual e prefeito de Campinas por duas vezes entre as décadas de 1970 e 1990. Grama, como era carinhosamente conhecido, faleceu em 29 de fevereiro de 1996, aos 58 anos, vítima de câncer, sendo homenageado na capa do Correio.
Em 11 de setembro de 2001, outra morte de um prefeito querido pela população voltou a ser manchete: Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, foi assassinado e o crime prescreveu 20 anos depois, sem solução.
Outra capa marcante é a de 15 de junho de 1940, que exibe a manchete: "Paris Cahiu!" (na ortografia da época, havia h no verbo cair), informando a ocupação da capital francesa pelos nazistas alemães.
LOCAL E HORÁRIOS DE VISITA À MOSTRA
✔ Centro de Memória da Unicamp, localizado no 3˚ andar da Biblioteca Central César Lattes,
✔ Rua Sérgio Buarque de Holanda, 421, no campus da universidade, em Barão Geraldo
✔ De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
✔ Entrada gratuita
