Família ficou queimada no acidente, que ocorreu no Jardim Santa Lúcia; imóvel está interditado
Boa parte do local desmoronou: jovem teria sentido cheiro estranho e, ao ligar a luz, houve a explosão; residência era alugada e o proprietário será obrigado a arcar com os prejuízos (Leandro Ferreira/AAN)
Um casal e o filho de 14 anos sofreram queimaduras de segundo grau após uma explosão de gás de cozinha, na madrugada de ontem, na casa onde moram, no Jardim Santa Lúcia, em Campinas. As vítimas foram socorridas e levadas pelo resgate do Corpo de Bombeiros e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do Campo Grande. Até às 18h de ontem, duas das vítimas tinham sido transferidas, com estado de saúde estável, para o Centro de Tratamento de Queimaduras, da Santa Casa de Campinas, e a terceira seguia em processo de transferência também para o CTQ. A explosão se deu após o adolescente acender a luz para verificar o cheiro de gás. O imóvel ficou destruído. O incidente foi por volta das 2h30 da madrugada na Rua Primo Fradim. A família mora em uma casa alugada, na parte da frente do terreno. Nos fundos, moram os pais do rapaz, identificado apenas por Alecsander (ele é pai do adolescente). De acordo com o avô do menor, Jonatas de Oliveira Souza, a família dormia quando o jovem teria sentido cheiro de gás e se levantou para verificar de onde vinha. Ao ligar a luz, houve a explosão. Nas imediações da casa, passa uma rede do gasoduto. “O gás vazou pelo fogão e o menino sentiu o cheiro, acordou e acendeu a luz. Foi quando houve a explosão”, contou Souza. A mulher de Souza, Maria de Fátima Damázio, disse que escutou um barulho antes do desmoronamento. “Quando olhei, começou uma faísca, tipo um curto, aí começou a cair a parede. Gritei e corri”, disse. Segundo os pais, o rapaz se queimou e se machucou. Já o neto queimou o pé e a mulher também se queimou. Os locais das queimaduras e o percentual do corpo atingido não foram informados por familiares e também pelo hospital, que até a tarde de ontem analisa as proporções dos ferimentos. Também não foi informado onde estava o casal e o adolescente quando houve a explosão, uma vez que os parentes estavam muito abalados. Com a explosão, a parede lateral da casa que fica do mesmo lado onde estava o fogão, desabou. Os escombros chegaram a atingir o carro da família. A parede que ficava entre a sala e o quarto também foi ao chão e o teto cedeu. Fiscalização Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a Defesa Civil e fiscais da Secretaria de Planejamento e Urbanismo estiveram no local logo após o acidente e interditaram o imóvel por risco de desabamento. “O imóvel é particular e as providências orientadas pelos órgãos públicos devem ser tomadas pelo proprietário”, frisou. Para ser liberado para o uso, segundo a assessoria, o imóvel deve ser colocado em condições de estabilidade, segurança e salubridade e não tem prazo para fazer isso. Ainda segundo a Administração, o dono da casa deverá reformá-la porque a laje corre risco de desabar. A obra de reforma ou demolição parcial deverá ser acompanhada por um engenheiro ou arquiteto e também por fiscal da Secretaria de Planejamento e Urbanismo. O custo da reforma — ou da demolição — é por conta do proprietário. A Defesa Civil constatou que o botijão ficava do lado de fora da casa e o vazamento ocorreu no fogão. As residências ao redor não foram afetadas.