REFINARIA

Explosão cessa produção na Replan

De acordo com Petrobras, suspensão é necessária para avaliar unidades afetadas pelo incêndio

Henrique Hein
21/08/2018 às 08:55.
Atualizado em 22/04/2022 às 15:33
Áreas destinadas ao craqueamento e à destilação atmosférica foram danificadas na madrugada de ontem  (Matheus Pereira/Especial para AAN)

Áreas destinadas ao craqueamento e à destilação atmosférica foram danificadas na madrugada de ontem (Matheus Pereira/Especial para AAN)

Uma explosão de grandes proporções atingiu um dos tanques da Replan, a maior refinaria de petróleo da Petrobras, em Paulínia, na madrugada de ontem. As chamas foram intensas e cerca de dez viaturas do Corpo de Bombeiros dos municípios de Paulínia e Campinas foram enviadas ao local. A ocorrência provocou a parada emergencial da refinaria. Em nota divulgada por volta das 18h de ontem, a Petrobras informou que “a produção foi preventivamente paralisada e que a companhia está avaliando o prazo para retorno das demais unidades não afetadas pelo incêndio.” Porém, descartou qualquer impacto no abastecimento. O incidente aconteceu por volta de 1h30 e a ação da brigada de incêndio da própria refinaria precisou evitar com que o fogo se espalhasse para outras áreas do complexo. Segundo o 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que atende às ocorrências na região, não houve registro de vítimas. De acordo com a Petrobras, o acidente aconteceu na unidade de craqueamento e destilação. Equipes dos bombeiros, da Defesa Civil e uma brigada formada por empresas da região foram acionadas e as chamas foram controladas por volta das 2h. A ocorrência, no entanto, provocou a parada emergencial da refinaria e a empresa optou por dispensar os trabalhadores do administrativo e de outros setores, mantendo somente os funcionários diretamente envolvidos na manutenção das unidades danificadas e equipes de operações e SMS (Saúde/Meio Ambiente/Segurança). Durante toda a manhã, o trabalho dos profissionais no combate às chamas foi intenso, mas não houve necessidade de esvaziar as empresas vizinhas ou as casas de moradores próximos, já que o local fica localizado em uma área isolada. Mesmo assim, alguns moradores relataram pelas redes sociais que as janelas de suas residências chegaram a tremer após as explosões e que o fogo e a fumaça podiam ser vistos de diversos pontos da cidade. Segundo eles, a explosão foi contínua e durou cerca de 30 segundos, seguidas de outras 3 explosões menores. Ao todo, a Replan tem capacidade para processar 434 mil barris diários de petróleo, o que corresponde a 20% de todo refino nacional. Ainda de acordo com o relato dos moradores da região, era possível ver que algumas tochas da refinaria estavam com suas chamas altas na madrugada de ontem, o que segundo eles, não era algo normal. Durante a manhã, a Petrobrás precisou liberar combustível para evitar novas explosões, já que várias empresas da região são interligadas com a Replan por meio de um sistema de dutos. Caminhões de transporte de combustível foram vistos entrando e saindo da refinaria no começo da manhã de ontem.  Cetesb A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou ontem à tarde que está monitorando o rescaldo da água utilizada no combate às chamas da explosão que aconteceu na Replan. A ação faz parte de um procedimento padrão da companhia, que tem o intuito de garantir que o volume usado no combate ao incêndio não polua o Rio Atibaia. Segundo a Cetesb, os técnicos realizaram um monitoramento nas imediações da Replan com o objetivo de verificar se houve algum dano ambiental no Rio Atibaia. 

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