IDHM

Expectativa de vida é mais alta em Vinhedo

Moradores com mais de 60 anos contam com atividades para manter o pique e os vínculos em dia

Luciana Félix
04/08/2013 às 05:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:38
Angelina Bueno tem 101 anos e diz que segredo para longevidade é ser alegre e gostar de dançar (Elcio Alves/AAN)

Angelina Bueno tem 101 anos e diz que segredo para longevidade é ser alegre e gostar de dançar (Elcio Alves/AAN)

O aumento na expectativa de vida e na renda nas cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) ajudou a elevar o índice geral de cada município. Entre elas se destacam as cidades de Vinhedo e Valinhos, que encabeçaram os índices mais altos da região.Vinhedo possui a maior expectativa de vida da RMC. A esperança de vida ao nascer aumentou 5,9 anos nas últimas duas décadas, passando de 71,8 anos em 1991 para 74,7 anos em 2000, e para 77,7 anos em 2010. A expectativa de vida média para o Estado é de 75,7 anos e, para o país, de 73,9 anos. Entre 2000 e 2010, o índice de envelhecimento evoluiu de 6,2% para 7,6%. Já entre 1991 e 2000, o índice passou de 4,9% para 6,2%.Na cidade os moradores com mais de 60 anos contam com atenção especial. O Município oferta políticas públicas a esta etapa de vida. Uma delas é o Serviço de Convívio e Fortalecimento de Vínculos de Idosos — Grupo Bem Viver —, que oferece várias atividades em prol da preservação e manutenção do bem-estar. Ainda há atividades esportivas com uma equipe de profissionais voltada ao atendimento de idosos e também o Centro Aquático da Terceira Idade, em que os idosos podem fazer hidroginástica e natação em piscina coberta e aquecida, especialmente preparada às atividades desenvolvidas para eles.A aposentada Clarinda Leandri Santa Maria, de 83 anos, é adepta a atividades promovidas pelo município. Desde 2004 ela toca tambor na fanfarra municipal e participa de grupos de dança. Além disso costuma viajar com o grupo de idoso que também frequenta as atividades do serviço. “Tem que ser feliz e fazer atividades. Sou muito feliz tocando e dançando muito aqui. A cidade é maravilhosa e nos proporciona envelhecer saudável e com dignidade por isso a expectativa de vida é grande.”Outro exemplo de longevidade é o aposentado José Nogueira da Silva, que é considerado um dos mais velhos do município. Ele completou 104 anos no meio do ano. Apesar de sofrer algumas limitações físicas por conta da idade já avançada, o homem esbanja alegria de viver e adora dar gargalhas e brincar com as pessoas que estão por perto. “Meu segredo para todos esses anos é a felicidade e o prazer em viver. Além de ter uma vida com atividades e um bom vinho.” Amante de Vinhedo, ele nunca quis trocar a cidade por outro lugar. “Aqui é muito lindo, perfeito.” Hoje ele vive no Lar da Caridade.Outra centenária que vive na cidade é a aposentada Angelina Bueno, de 101 anos. Ela conta que conseguiu passar dos 100 anos por ser alegre e gostar de dançar. “Quem dança e sorri é muito feliz e vive mais. As pessoas precisam aprender a fazer isso mais vezes. Outro segredo é cuidar de quem você ama, sem cobrar nada em troca, é gratificante.”IDHM  O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) das 19 cidades que formam a Região Metropolitana de Campinas (RMC) avançou 43% em 20 anos. O órgão fez o levantamento entre os anos de 1991 e 2010. No período, a taxa média da região passou de 0,541 para 0,775, ou seja, na classificação do órgão passou de “baixa” para “alta”. A medição vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. No Estado, o índice alcançado foi de 0,783. O levantamento ainda coloca nove cidades da RMC no ranking dos cem melhores municípios para se viver entre os 5.565 do país.A melhor colocada na região foi a cidade de Valinhos, que ficou na 12ª colocação nacional com índice 0,819. Na sequência vem Vinhedo, com 0,817 (13ª), Americana, 0,811 (19ª) e Campinas, 0,805 (29ª). O índice de Campinas foi o mesmo que o de São Paulo, Porto Alegre e São Bernardo do Campo. A cidade que encabeça o ranking é São Caetano do Sul, no ABC paulista, com IDHM 0,862.Entre as cem melhores o destaque também fica para os municípios de Holambra, Jaguariúna e Indaiatuba, que há 20 anos eram considerados com IDHM baixo — elas tinham média de 0,535 pontos e, no ranking nacional ficavam em 398ª, 386ª e 313ª. Hoje, elas figuram entre as cem melhores do Brasil.Ainda na região, as piores colocações ficaram com Santo Antônio de Posse, na 1.842ª posição com índice de 0,702, Engenheiro Coelho com IDHM 0,732 em na 965ª e Monte Mor na 940ª com 0,733.

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