Idosos

Expansão de abrigos impõe desafio para Vigilância

Aumenta a procura por casas de apoio, que sofrem mais fiscalização

Rogério Verzignasse
15/09/2018 às 21:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 02:39
Segmento voltado para a Terceira Idade deve ser pesquisado amplamente pelos familiares: site da Prefeitura disponibiliza dicas importantes  (Leandro Torres/AAN)

Segmento voltado para a Terceira Idade deve ser pesquisado amplamente pelos familiares: site da Prefeitura disponibiliza dicas importantes (Leandro Torres/AAN)

O Departamento Vigilância Sanitária de Campinas (Devisa) intensifica a fiscalização contra as instituições de longa permanência para idosos, que brotam por toda a cidade. Em Campinas, há cerca de 120 estabelecimentos do gênero conhecidos, mas muitos deles ainda se encontram em fase de regularização. Há alguns, inclusive, que nem são identificados por letreiros na fachada, e seguem atuando clandestinamente. Uma preocupação cada vez mais presente na sociedade, já que o número de idosos cresce sistematicamente em Campinas. Nesses casos, existem denúncias – que ainda são apuradas – sobre abrigos superlotados, sem condições sanitárias adequadas, incapazes de garantir a acolhida digna aos velhinhos. Por isso, o próprio órgão sugere que os campineiros denunciem entidades que funcionam de maneira precária. O alerta, inclusive, chegou à Câmara Municipal. Os vereadores aprovaram em primeira discussão um projeto que obriga a instalação de câmeras conectadas à internet, para que as famílias possam acompanhar de longe o cotidiano dos idosos acolhidos. Normas rígidas De acordo com a coordenadora do Devisa, Ana Laura Bortolli, a atuação do órgão tem o objetivo de prevenir e reduzir riscos às saúdes individual e coletiva, dentro dos abrigos. “Deve haver a oferta de serviços que garantam o direito do cidadão assistência segura e qualificada”, afirma. As clínicas e abrigos estão por toda a cidade. São, na verdade, negócios lucrativos para quem se oferece para cuidar de idosos. A demanda existe: a população brasileira está cada vez mais velha e é cada vez menor o número de pessoas que se dispõem a passar o dia em casa, cuidando dos idosos, que em muitos casos exigem atenção integral e especializada. Acontece que não basta abrir uma clínica ou uma casa de repouso. Existem normas, definidas por decreto federal, que tratam das instalações físicas do abrigo, das atividades desenvolvidas junto aos acolhidos, da contratação de profissionais especializados. A estrutura de cada alojamento e a higiene das dependências devem ser adequadas, e até a alimentação oferecida ao idoso segue regulamentação. As infrações constatadas geram autuações e processos administrativos. “Mesmo com a licença de funcionamento vigente, um estabelecimento pode apresentar queda na qualidade dos serviços, como a superlotação e a redução do quadro de profissionais. Por isso, a família do idoso deve vigiar o abrigo, checar a rotina de cuidados dispensada ao parente acolhido”, afirma Ana. Denuncie Em caso de identificação de irregularidades em abrigos de idosos, as denúncias podem ser registradas no 156 ou encaminhadas ao setor de serviços da Coordenadoria de Vigilância Sanitária pelo e-mail: [email protected]

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