CAMPINAS

Exército foca combate à dengue na região Sudoeste

Casos chegam a 282 em abril e ações preventivas são reforçadas pela Prefeitura na área do Aeroporto Internacional dee Viracopos, Ouro Verde e DICs

Sarah Brito
16/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:35
Soldados do Exército auxiliaram na telagem de caixas de água para combate à dengue ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

Soldados do Exército auxiliaram na telagem de caixas de água para combate à dengue ( Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

No mês considerado estratégico para diminuir a transmissão de dengue em Campinas e conter a epidemia, a região Sudoeste — área do Aeroporto Internacional de Viracopos, Ouro Verde e dos DICs — é a prioridade das ações de combate à criadouros e telagem de caixas d’água feitas pelo Exército. O motivo é que, apesar de não ser a primeira entre as regiões com mais casos, a área confirmou 282 ocorrências nas duas primeiras semanas de abril. Foi mais que a Sul, líder do ranking no ano e que registrou 160 casos no mês. Com isso, a Prefeitura planeja manter as ações focadas na região até o final do mês e as equipes do Exército devem ficar na área até o final de maio. Por dia, em média, 60 caixas d’água são teladas no entorno do Centro de Saúde do DIC 1. De acordo com a agente de controle ambiental Elaine Cristina Moreira, dois quadrantes foram completos e a equipe trabalha no terceiro. Até o final do mês, toda a área no entorno do Centro deve ser encoberta. Divisão “São seis equipes divididas em um quarteirão e a população tem nos recebido bem. Não temos uma área que precisa ser fechada, mas temos feito o máximo possível para cobrir toda a região”, disse. Segundo ela, esta semana, nenhuma caixa d’água foi encontrada com larva do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. A região Sudoeste recebe pela primeira vez o reforço do Exército. Ano passado, a área era a Noroeste, região do Campo Grande. São 48 soldados, divididos em três equipes que, três vezes por semana, aplicam telas em caixas d’água para evitar que mosquito Aedes aegypti deposite ovos. Em 2014, quando a cidade contabilizou 42 mil casos, os militares também reforçaram o combate a criadouros. Situação precária A estudante Jéssica Teixeira de Freitas, de 18 anos, afirmou que é importante o trabalho porque existem muitas casas em que a situação está precária. “Tem lixo na rua, entulho, e muito mosquito aqui na rua. Tem bastante gente com dengue também, fiquei com dó. Porque quando pega, a situação é feia”, disse. Além do Exército, a Prefeitura também realiza trabalhos de remoção de criadouros, retirada de entulho de casas e bloqueio químico contra o Aedes na região. “O mosquito se move, a epidemia é dinâmica. Hoje, a Sudoeste é o foco da ação, mas isso pode mudar. Estamos avaliando ainda se a curva epidemiológica mostra um arrefecimento da epidemia, mas estou prudente”, disse o secretário de Saúde, Carmino de Souza, que acredita que , a epidemia deste ano pode já ter passado pelo pico de contaminações. Isso significa que, se comprovado, a epidemia entraria em uma tendência de estabilização e queda neste mês. Campinas lidera o ranking de municípios do Estado com mais casos de dengue, de acordo com o governo estadual. A cidade tem 22.544 casos confirmados e quatro mortes.Americana Nesta quarta-feira (15), Americana suspendeu a sorologia para confirmar suspeitas de dengue. O motivo é que o município alcançou 821 casos confirmados. Por determinação da Superintendência de Controle de Endemias do Estado (Sucen), a medida é adotada quando a cidade registra mais de 80 casos por 100 mil habitantes. Com isso, o diagnóstico se dá por critérios clínico-epidemiológicos.

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