Exemplo mundial que sai da RMC

Inaugurado em 2014 em Sumaré, o centro de distribuição da FEMSA Brasil — maior engarrafadora de produtos Coca-Cola no mundo em volume de vendas — se transformou em um exemplo de sustentabilidade, com economia de energia elétrica e gestão eficaz de resíduos. A empresa também promove ações para reduzir drasticamente o consumo de água para a produção do refrigerante na fábrica de Jundiaí. Também existe na região toda uma estratégia especial para promover a proteção de nascentes e garantir a segurança hídrica dos municípios que integram as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Há restauração de florestas, engamento de produtores rurais e preservação de fontes . Trata-se de uma política ambiental que envolve os 715 funcionários e implica na difusão de hábitos responsáveis em toda a comunidade. Desde o projeto Localizado no bairro Jardim Aclimação, em Sumaré, o centro de distribuição toma 113 mil metros quadrados, uma área equivalente a 16 campos de futebol. É um espaço que concentra as atividades de recepção e distribuição dos produtos Coca-Cola para supermercados, bares, padarias, lanchonetes e restaurantes para toda a Região Metropolitana de Campinas e para polos microrregionais próximos, como Limeira, Piracicaba e Rio Claro, entre outros. A proposta da sustentabilidade vem desde o projeto arquitetônico do empreendimento, que privilegia o uso da luz natural. Há telhas translúcidas na cobertura do armazém, por exemplo. Não há necessidade de lâmpadas. Desde 2017, os prédios administrativo e de distribuição, o setor de reembalagem, o pátio dos caminhões (além de todo o armazém) substituíram as lâmpadas de vapor metálico pelas de LED, reconhecidamente mais econômicas, eficientes e com menor impacto ambiental. O investimento na substituição (considerando aquisição dos dispositivos, serviços de instalação e manutenção) foi da ordem de R$ 120 mil. O LED não possui em sua composição metais pesados e nocivos ao meio ambiente (como chumbo e mercúrio, encontrados em outras luminárias). E a tecnologia permitiu à empresa economizar 47% da energia elétrica consumida, além de obter expressiva melhora nos níveis de iluminação. A redução de 30 mil KW/H mês na conta de luz é suficiente para abastecer 187,5 lares, considerando o consumo médio de 160 kwh/mês de uma residência no Brasil. A utilização de fotocélula para automatizar o acionamento de iluminadores na área externa do complexo também colabora para se evitar o desperdício de energia, já que o dispositivo mantém a iluminação acionada somente no período noturno — desligando-se automaticamente ao amanhecer — ou em situações de baixa luminosidade. Resíduos A gestão eficaz dos resíduos implica na coleta seletiva de sucatas de alumínio; papelão, plástico, vidro e ferro, que seguem para a reciclagem. Já aconteceu a separação e a remoção adequada de lâmpadas fluorescentes, por prestador de serviço especializado. O Certificado de Destinação Final (CDF) comprova e controla a destinação ambientalmente correta dos resíduos. Ações garantem consumo hídrico equilibrado Além das iniciativas em Sumaré, a FEMSA Brasil conseguiu otimizar o consumo de água em sua fábrica de Jundiaí, que é simplesmente a maior do mundo na produção de Coca-Cola. A unidade virou referência mundial em eficiência hídrica. A planta, em pouco mais de duas décadas (1993-2014), reduziu de 6 para 1,4 litro a quantidade de água utilizada na linha de produção de cada litro de refrigerante. Com investimentos de US$ 5 milhões, aconteceu a troca de equipamentos e foi implantado o sistema de reúso de água, premiado dentro e fora do Brasil. Ainda no que diz respeito à conservação do recurso hídrico, desde 2015 a Coca-Cola FEMSA faz parte de uma coalizão de empresas que investem em ações ambientais em toda a região. SAIBA MAIS A mexicana Coca-Cola FEMSA tem mais de 100 mil funcionários no mundo, operando 67 fábricas e 344 centros de distribuição. No Brasil, a empresa está presente em 48% do território nacional, empregando cerca de 20 mil funcionários e atendendo mais de 88 milhões de consumidores. Só em território brasileiro, são nove fábricas e 44 centros de distribuição.