CASO SANASA

Ex-primeira-dama e mais 18 serão interrogados na sexta

Expectativa é que a decisão sobre a condenação dos envolvidos saia ainda neste semestre

Milene Moreto
milene@rac.com.br
07/03/2013 às 18:49.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:40

A ex-primeira-dama de Campinas Rosely Nassin Jorge Santos poderá se manifestar pela primeira vez na Justiça.

O seu interrogatório e o de mais 18 réus está marcado para esta sexta-feira (8), às 13h30, na Cidade Judiciária.

Esta é a terceira audiência de julgamento. Até agora somente o delator do esquema, o ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino, e os empresários Augusto e Alfredo Antunes foram interrogados. Alfredo preferiu ficar em silêncio.

Na audiência, todos os réus podem permanecer calados. Segundo o juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes, o processo do Caso Sanasa está em fase final. A expectativa é que a decisão sobre a condenação dos envolvidos saia ainda neste semestre.

Além de Rosely, também devem comparecer ao Judiciário os ex-integrantes do primeiro escalão do governo do prefeito cassado, Hélio de Oliveira Santos, entre eles o ex-secretário de Assuntos Jurídicos Carlos Henrique Pinto, o ex-diretor técnico da Sanasa Aurélio Cance Júnior, o ex-diretor de Planejamento Ricardo Chimirri Cândia e o ex-secretário de Comunicação Francisco de Lagos.

O advogado Ralph Tórttima Filho que defende Cândia disse que se seu cliente for questionado pelo juiz ou pelo promotor do caso, Amauri Silveira Filho, vai se pronunciar. O advogado Léo Chagas, que defende os lobistas Emerson Geraldo de Oliveira e Maurício Manduca, afirmou que conversa nesta sexta-feira (8) com seus clientes para definir qual será a postura adotada no interrogatório.

Rosely

A ex-primeira-dama de Campinas foi acusada pelo Ministério Público (MP) de chefiar o maior esquema de corrupção já relatado na história da cidade, o que envolve fraudes em licitação, corrupção e milhões desviados dos cofres públicos.

No esquema detalhado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) os contratos da Sanasa eram fraudados com direcionamentos dos certames públicos.

Os empresários pagavam propina para garantir que venceriam as concorrências. O dinheiro era distribuído entre integrantes do primeiro escalão e também entregue a Rosely.

Todas as fraudes foram relatadas ao Ministério Público por Aquino, que decidiu em 2011 delatar todo o caso. Aquino já confirmou a prática dos crimes diante do juiz. Rosely ocupava a função de chefe de Gabinete de Hélio.

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