JUSTIÇA

Ex-prefeito cassado de Paulínia sofre nova derrota

Os ministros consideraram que houve fraude na substituição de candidatos à véspera das eleições em 2012, quando o peemedebista assumiu o lugar do pai

Gustavo Abdel
16/03/2016 às 18:22.
Atualizado em 23/04/2022 às 01:32
Edson Moura Júnior (à esq.) substituiu o pai na véspera da eleição ( Cedoc/RAC)

Edson Moura Júnior (à esq.) substituiu o pai na véspera da eleição ( Cedoc/RAC)

O Tribunal do Superior Eleitoral (TSE) negou por unanimidade, na terça-feira (15), recurso do ex-prefeito cassado de Paulínia Edson Moura Junior (PMDB), e manteve o segundo colocado, o atual José Pavan Júnior (PSB) no cargo. Os ministros consideraram que houve fraude na substituição de candidatos à véspera das eleições em 2012, quando o peemedebista assumiu o lugar do pai, Edson Moura (PMDB), na disputa. Esse é o segundo recurso negado pelos ministros em cinco meses. Moura foi cassado sob a acusado de fraude nas eleições de 2012, quando substituiu, como candidato, seu pai Edson Moura, às vésperas do pleito. Na ocasião, Edson Moura, o pai, mesmo sabendo que era inelegível manteve a sua candidatura e a campanha até o último dia antes da eleição, o que levou a Justiça Eleitoral a considerar o fato como uma fraude para iludir o eleitor. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) também manteve em dezembro de 2015 as condenações do ex-prefeito Edson Moura Junior e do pai dele, por suspeita de compra de votos durante a campanha eleitoral de 2012. A defesa de Mora Júnior não retornou a ligação da reportagem para explicar se vai ou não recorrer da decisão dos ministros, e se caberá novos recursos para o ex-prefeito cassado pleitear a volta ao cargo, mesmo a poucos meses do início da campanha política. O imbróglio em Paulínia começou às vésperas da eleição municipal em 2012, quando o ex-prefeito Edson Moura decidiu deixar a disputa porque tinha condenações por improbidade administrativa e, pela Lei da Ficha Limpa, se decidisse seguir em frente, poderia ter seu processo eleitoral anulado. Em seu lugar, ele colocou o filho, Edson Moura Júnior. A substituição foi feita 13 horas antes da votação. Moura Júnior venceu a disputa, mas não assumiu porque teve sua candidatura impugnada em razão da substituição. As mais diversas especulações rondam a vida do ex-prefeito de Paulínia, que sofreu sete cassações, por irregularidades em campanha. Depois disso, tanto ele, quanto seu pai, Edson Moura, não foram mais vistos pela cidade e pouco conversam com seus antigos aliados. O prefeito José Pavan Junior informou através da sua assessoria que não vai se pronunciar sobre a decisão do TSE.

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