Dados do governo estadual indicam que 155 pessoas foram vítimas do crime no último semestre
Mapa da secretaria coloca os distritos de Ouro Verde e Campos Grande como as regiões com maior casos (Banco de imagens)
Campinas fechou o primeiro semestre deste ano com aumento de 13,97% nos casos de estupro, em comparação ao mesmo período de 2017, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). As 13 delegacias da cidade registraram 155 casos de janeiro a junho, contra 136 nos seis primeiros meses do ano passado. Segundo as estatísticas, os dados de estupro se dividem no total de registros do crime e nos casos de estupro de vulnerável - previsto pelo artigo 217 do Código Penal -, que criminaliza qualquer ato libidinoso contra menores de 14 anos. Do número de estupros no primeiro semestre deste ano em Campinas, 88 foram de vulneráveis, o que equivale a 56,7% do total. As regiões que mais registram estupros, Segundo a secretaria, sãos distritos do Ouro Verde e Campo Grande. Só no 9º Distrito Policial (DP), que abrange bairros como o Ouro Verde, Vida Nova e Campo Belo, uma das regiões mais populosas em Campinas, foram 45 casos nos seis meses primeiros, sendo que a maior parte, 30, as vítimas são vulneráveis. Em segundo lugar aparece a região do 11º DP, que atende o distrito do Campo Grande, e outros bairros nas proximidades do Jardim Ipaussurama, com 23 casos, sendo 15 de vulneráveis. Outro DP que também registrou alto índice é o 2º, no bairro São Bernardo, com 17 casos. Contrariando os períodos anteriores, o 7º DP, em Barão Geraldo, registrou três casos neste semestre, sendo todos de não vulneráveis. No mesmo período de 2017, foram 12 notificações. Outro lado Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que adota medidas de combate aos estupros. No mês de junho o número de casos desse tipo de crime foi 20% menor em Campinas, em relação ao mesmo período do ano passado. Atualmente, São Paulo conta com 133 DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher), duas delas localizadas em Campinas. As polícias Civil e Militar prenderam 925 pessoas por estupro no Estado no primeiro semestre deste ano. Prevenção A Prefeitura de Campinas esclarece que, por meio das políticas públicas de Saúde e de Assistência Social, acompanha as vítimas que sofrem violência sexual, como o estupro, com suporte emocional, de saúde física e mental e em relação aos direitos. "Temos uma rede de cuidados para a infância e adolescência, para mulheres, idosos, pessoas com deficiência e LGBT que oferece todo o suporte à vítima”, disse a coordenadora do Iluminar, programa municipal de cuidados com as vítimas de violência doméstica e sexual, Verônica Alencar.