EDUCAÇÃO

Estado libera R$ 3 mi para 343 escolas da região

Maior parte da verba será para melhoria na estrutura física

Daniel de Camargo
daniel.camargo@rac.com.br
19/06/2018 às 07:21.
Atualizado em 28/04/2022 às 13:13

João Cury, secretário estadual, em Campinas: "Quando se trata de educação, a sala de aula é um lugar sagrado" (Thomaz Marostegan/Especial para a AAN)

Trezentos e quarenta e três escolas estaduais de Campinas e região irão receber quase R$ 3 milhões do governo do Estado de São Paulo. O anúncio foi feito na manhã de ontem, por João Cury, secretário de Educação. A maior parte da verba, R$ 2,3 milhões, será destinada a obras para melhorias na estrutura física de 30 unidades de ensino espalhadas por Bragança Paulista, Campinas, Elias Fausto, Espírito Santo do Pinhal, Indaiatuba, Itapira, Jundiaí, Limeira, Louveira, Monte Mor, Pedra Bela, Piracicaba, São Pedro, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Além desse investimento, outros R$ 469,5 mil serão empregados em 313 unidades integrantes do Programa Escola da Família. Esse recurso é utilizado na compra de matérias utilizados nas atividades da iniciativa, como bolas, por exemplo. Empossado em 26 de abril, João Cury realizou na Escola Estadual Culto à Ciência, no Botafogo, em Campinas, sua nona reunião dentro do cronograma de polos deste ano, onde tem se comunicado com alunos gremistas, gestores, professores e servidores. O intuito dos encontros é falar sobre os programas e projetos desenvolvidos pelo Estado na região, além identificar os problemas enfrentados por este serviço público. Segundo Cury, a ideia de diagnosticar as necessidades na sua origem partiu do governador Márcio França (PSB). “Ele nos orientou a sair do gabinete, a tirar a gravata e encarar o mundo real”, comentou, explicando que, isto se dá, única e exclusivamente, por meio da conversa. “Existem muitas pessoas envolvidas neste cenário, que tem muito a dizer e querem participar. Porém, os canais convencionais não apresentam esse resultado”, afirmou. “Quando se trata de educação, a sala de aula é um lugar sagrado. Quanto mais longe você estiver desse ambiente, maior é a sua chance de errar”, analisou, explicando que o contato com quem vive esse dia a dia tem permitido a constatação das maiores necessidades. Problema grave Uma das deficiências reconhecidas, segundo Cury, é a falta de professores. “Trata-se de uma reclamação constante. Eu já escutei alunos dizendo que foram obrigados a ir mais cedo para casa, devido a não ter professor”. Essa questão já foi levada ao conhecimento do governador, que prontamente autorizou a convocação de 2.165 docentes, aprovados em concurso público realizado em 2014, enfatiza o secretário. Um dos agentes causadores desse problema é o absenteísmo, diz Cury. “Muitos educadores estão afastados ou de licença médica. E, percebemos que 70% dos afastamentos são justificados por questões de saúde mental. Então, estamos trabalhando para entender o motivo causador de tamanho estresse a esses profissionais. Nós queremos reduzir o número de alunos por sala de aula, melhorar as condições de trabalho e valorizar a classe com aumento na remuneração”, enfatiza. “Atualmente, o custo mensal com professores substitutos fica em cerca de R$ 100 milhões”. completou. Correção Cury aponta que o problema de inspetores, merendeiras, entre outros, que totalizam aproximadamente 33 mil trabalhadores já foi solucionada. Esses funcionários recebem, em média, R$ 1 mil e o salário-base não vinha respeitando o piso, pois era complementado com um abono. Isso prejudicava os servidores que não tinha impacto do abono para fins de aposentadoria, por exemplo. “O governador já publicou um decreto autorizando a regulamentação da progressão deles”. Agora, o valor total pago será considerado como salário. Resgate da credibilidade A resposta rápida aos envolvidos tem resgatado a credibilidade do governo, contextualiza Cury. “Eu percebo que os servidores públicos estão surpresos em receber a nossa visita, pois isso não é uma prática comum. Essas oitivas precisam acontecer como instrumento de gestão e com certa periodicidade”, analisa o secretário. Estar próximo da rede de ensino é indispensável, entende Cury, levando em conta a complexidade do cenário. “Temos escolas em assentamentos de terra, em Pontal do Paranapanema, em Marabá Paulista. Por outro lado, temos escolas em comunidades indígenas em Peruíbe. As realidades, características e regiões são completamente diferentes. Então, se você ficar dentro do escritório e quiser padronizar as coisas, vai assumir uma enorme chance de se equivocar”, afirma. João Cury entende que a pasta e o governo estadual estão no caminho certo. O secretário aponta que um alicerce está sendo formado e esclarece que “na educação, se colhe resultados a médio e longo prazo”. Ele espera pela reeleição de Márcio França, mas entende que o trabalho feito agora não pode ser deixado de lado caso haja troca no governo.

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