REGIÕES DE CAMPINAS E JUNDIAÍ

Estado disponibiliza monitoramento por satélite

Prefeituras que aderirem terão diariamente e sem custo imagens feitas por 180 satélites espaciais

Edimarcio A. Monteiro/[email protected]
18/04/2025 às 12:27.
Atualizado em 18/04/2025 às 14:36
A inclusão das novas regiões, onde residem 4,01 milhões de pessoas, foi anunciada durante a reunião extraordinária da Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (Alessandro Torres)

A inclusão das novas regiões, onde residem 4,01 milhões de pessoas, foi anunciada durante a reunião extraordinária da Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (Alessandro Torres)

As Regiões Metropolitanas de Campinas e Jundiaí, que reúnem 27 cidades, foram incluídas ontem no Sistema de Monitoramento via Satélite das Áreas Suscetíveis (SMAS) do governo do Estado. As prefeituras que aderirem passarão a ter diariamente, sem nenhum custo, a cobertura de 100% de seus territórios através imagens feitas por 180 satélites espaciais, uma ferramenta que pode ser usada para identificar desmatamentos, novas construções irregulares, aberturas de vias e movimentação de terra devido ao solo expostos, auxiliando na fiscalização da ocupação do solo e prevenção de acidentes.

As RMs de Campinas e Jundiaí somam uma área de 4.917 quilômetros quadrados (km2), sendo duas das regiões mais industrializadas do Estado de São Paulo. Juntas, elas representam 11% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista. O SMAS foi lançado em setembro do ano passado e estava disponíveis até então para 52 cidades da Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e quatro municípios do Litoral Norte. A inclusão das novas regiões, onde residem 4,01 milhões de pessoas, foi anunciada durante a reunião extraordinária da Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (CDRMC), realizada em Campinas.

Com a ampliação, houve aumento de 39,20% na área de cobertura do SMAS, passando de 12.544,24 km2 para 17.461,24 km2.

Para cobrir toda essa extensão, a SDUH aderiu ao programa Brasil Mais, da Polícia Federal, que já monitorava parte do território. Para complementar o monitoramento de toda a área, houve a contratação do serviço de satélites, com investimentos da ordem de R$ 1,7 milhão. Futuramente, pretende-se estender o sistema para as demais regiões do Estado. “Essa é uma ferramenta importante para a fiscalização das áreas rural e urbana e também para a definição de projetos de obras”, disse Eduardo Trani, assessor da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH).

ORIGEM

As imagens por satélite estão disponíveis através da adesão da pasta ao programa Brasil Mais, da Polícia Federal, que já monitorava parte do território. Para complementar o monitoramento das áreas paulistas, houve a contratação do serviço de satélites, com investimentos da ordem de R$ 1,7 milhão. Futuramente, pretende-se estender o sistema para as demais regiões do Estado.

Para o prefeito de Campinas e presidente do CDRMC, Dário Saadi, (Republicanos), o SMAS é importante para o controle e planejamento urbano. De acordo com ele, atualmente as prefeituras têm de recorrer a serviços privados de fornecimento de imagens de satélite, “que são muito caros”. As cidades participantes do Sistema de Monitoramento via Satélite das Áreas Suscetíveis recebem, a cada três meses, uma imagem com resolução de 4,2 metros, possibilitando um controle detalhado de seu território. A SDUH também fornece treinamento para os funcionários das prefeituras designados a analisar as imagens para fazer o melhor aproveitamento do material. O sistema é coordenado pelo Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo (IGC), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano.

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