Em Campinas, o uso de máscara no transporte coletivo é apenas recomendado pela Prefeitura; atualmente, poucas pessoas se valem da proteção (Kamá Ribeiro)
Os usuários de ônibus no Estado de São Paulo não precisam mais usar a máscara facial como proteção contra a covid-19. O anúncio foi feito na quinta-feira (2) pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, e entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial, o que deve acontecer ainda nesta sexta-feira. O uso de máscara, no entanto, segue obrigatório nos serviços de saúde, seja ele público, privado ou filantrópico. A decisão, segundo nota divulgada pela assessoria do governo, se deu após reunião do Comitê Científico e a medida prevê que o uso passe a ser recomendado principalmente para públicos de risco específicos.
Em Campinas, o uso do protetor facial no transporte público coletivo é apenas recomendado, e não mais obrigatório. Portanto, a medida anunciada na quinta-feira (2 )pelo governo não produz qualquer alteração no município. Campinas mantém a recomendação, principalmente para públicos de risco específicos, como idosos, pessoas com imunodeficiência, com doenças crônicas (comorbidades) e sintomas respiratórios.
O Comitê Científico, assim como a Secretaria Estadual de Saúde, vem monitorando a evolução da pandemia diariamente com base nos indicadores de casos e internações, considerando inclusive o impacto causado pelas festas de Carnaval que, até o momento, não sugerem aumento significativo de contaminações que coloquem em risco o sistema de saúde público do Estado.
"Nós reconhecemos a importância das máscaras e a sua eficácia, principalmente na transmissão de doenças respiratórias. Entretanto, diante dos dados apresentados pelo Comitê, é seguro neste momento a retirada do equipamento sem prejudicar os serviços de saúde", disse o secretário da Pasta, Eleuses Paiva.
Além dos índices de casos e internações, destacam-se também as altas taxas de vacinação do Estado de São Paulo. Até quinta-feira (2), foram aplicadas mais de 129,5 milhões de doses e 90,7% da população acima de 6 meses de idade estão com esquema vacinal completo.
A Secretaria de Saúde de Campinas, informou por meio de nota que monitora igualmente a evolução da pandemia diariamente, com base nos indicadores de casos e internações. O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) orienta que as pessoas mantenham o esquema vacinal completo. Inclusive, a cidade iniciou na última segunda-feira a vacinação de reforço contra a covid-19 com a dose da vacina Pfizer bivalente. Inicialmente, o público-alvo definido pelo Ministério da Saúde é composto por idosos maiores de 70, moradores de Instituições de Longa Permanência (ILP), pessoas imunocomprometidas, indígenas, populações ribeirinhas e quilombolas, pessoas que tenham tomado ao menos duas doses do esquema vacinal, sendo a última há, no mínimo, quatro meses. Cerca de 70 mil pessoas estão aptas a receber a dose de reforço.
A população apta será ampliada de acordo com a chegada de novas doses, devendo seguir a ordem estabelecida pelo Ministério da Saúde: 60 a 69 anos (segunda fase), gestantes e puérperas (terceira fase) e profissionais da saúde (quarta-fase). No entanto, não há datas previstas ainda para as próximas etapas.