penitenciárias

Estado confirma 7 mortes de agentes

O Estado de São Paulo registrou, até anteontem, a morte de sete agentes penitenciários e a contaminação de 27 pela Covid-19

Alenita Ramirez
13/05/2020 às 10:24.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:02

O Estado de São Paulo registrou, até anteontem, a morte de sete agentes penitenciários e a contaminação de 27 pela Covid-19. Outros 185 estão afastados com suspeitas da doença. Os números foram confirmados na noite da última segunda-feira pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Somente no Centro de Progressão Penitenciário (CPP) Professor Ataliba Nogueira, foram confirmados um caso e dois suspeitos em servidor. Onze presos estão em isolamento, suspeitos. Segundo o Sindicato dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindespe), o Estado tem cerca de 27 mil agentes e uma população carcerária de 223.561. Os números de presos contaminados não foram divulgados. Em um ofício enviado pelo CPP de Campinas à Justiça no dia deste mês, mostra que 166 presos do Ataliba Nogueira realizaram teste para Covid-19 e 154 deles estavam no Coletivo F, onde os 11 presos estão em isolamento. Outros 12 presos que foram testados prestavam serviços no almoxarifado, onde um agente teve a doença. Dados diário do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) apontam que no Brasil existem 603 presos infectados com a Covid-19, 376 suspeitos e 23 óbitos. No total. 2.323 presos fizeram o teste para detectar o vírus. Desde o dia 7, a SAP suspendeu, temporariamente, “as saídas de reeducandos das Unidades Prisionais do Estado de São Paulo para o exercício de atividade laboral externa, bem como as assistências internas decorrentes da necessidade do ingresso de profissionais em ambiente carcerário”. “Estamos preocupados. Sem visita, sem poder sair para trabalhar, os presos podem não aguentar. Além disso, eles também não receberam os equipamentos de segurança. Tem cela que tem muito preso e preso não é imunde à doença. E sem máscara, pode haver transmissão do vírus por ambos os lados, tanto por agentes, como por presos”, comentou um dos diretores do sindicato, Antônio Pereira Ramos. Em nota, a SAP informou que segue as determinações do Centro de Contingência do coronavírus e avalia permanente o direcionamento de ações para o enfrentamento do problema nos presídios. Ainda conforme a Pasta, além das medidas de higiene e distanciamento preconizados pelos órgãos de saúde, foram suspensas “as atividades coletivas; realizada a busca ativa para casos similares ao Covid-19; a limpeza das áreas foi intensificada; a entrada de qualquer pessoa alheia ao corpo funcional foi restringida; foi determinada a quarentena para os presos que entram no sistema prisional: realizado o monitoramento dos grupos de risco; aquisição de termômetros infra-vermelho e de oxímetro digital portátil; ampliação na distribuição de produtos de higiene, álcool em gel e sabonete; distribuição de EPIs como máscaras; horários alternados no refeitório e filas com distância de 1,5 m”.

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