falta de funcionários

Estado autoriza, mas 1ª DDM segue sem plantão 24h

O governador João Doria publicou no Diário Oficial do Estado De São Paulo (DOE), o projeto de implantação do funcionamento permanente de 24 horas

Alenita Ramirez
25/07/2019 às 12:23.
Atualizado em 30/03/2022 às 22:14

O governador João Doria publicou no Diário Oficial do Estado De São Paulo (DOE), o projeto de implantação do funcionamento permanente de 24 horas para a 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas, só que a medida não deverá ser efetivada de imediato por falta de funcionários, segundo informou nesta quinta-feira (25), o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior-2 (Deinter-2), José Henrique Ventura. De acordo com a orientação do edital, publicado no último dia 23, cabe a “Polícia Civil” promover a implantação dos plantões permanentes nas DDM´s de Campinas, mediante o “remanejamento dos recursos humanos existentes no âmbito daquele Departamento”. O decreto entrou em vigor no mesmo dia da sua publicação. Apesar da determinação do governo, Ventura disse que ainda não tem previsão de início do funcionamento 24 horas da 1ª DDM. “O decreto é apenas uma oficialização para a instalação e não significa que é de imediato. O plantão permanente ficou criado, mas não temos recursos humanos suficientes para colocar em prática de imediato. Estou esperando a formação do pessoal que foi convocado recentemente para fazer academia”, disse Ventura. De acordo com o diretor, para fazer o giro do plantão na unidade seriam necessários mais cinco delegados, cinco escrivães e cinco investigadores. “A equipe que temos hoje já está sacramentada. É preciso fazer a arrumação de equipes, para colocar em funcionamento”, frisou Ventura, que deixou no ar a possibilidade da unidade funcionar ainda este ano. Campinas conta com duas delegacias destinadas ao atendimento à mulher. A 2ª DDM, que funciona no mesmo prédio da 2ª Delegacia Seccional, no Jardim Londres, teve o expediente estendido para 24 horas, nos finais de semana e feriados, em março deste ano. Somente esta unidade conta com 2,4 mil inquéritos, segundo Ventura. Já a 1ª DDM, tem cerca de 3 mil inquéritos em andamento, além das medidas protetivas. Atualmente, Campinas tem déficit de 221 policiais civis, segundo balanço do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo (Sindpesp). Somente na 1ª Delegacia Seccional, na qual está a 1ª DDM, a falta de funcionários é de 68. O déficit maior é de escrivão, que é de 54. O Correio Popular entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), que está apurando, entre outros dados, a formação de novos policiais civis.

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