MEDICAÇÃO DE ALTO CUSTO

Esquema de desvio de remédio rendeu R$ 16 mi

Nove suspeitos foram presos nesta quarta-feira (31) por roubo e desvio de remédios de alto custo

Estadão Conteúdo
31/01/2018 às 22:09.
Atualizado em 22/04/2022 às 09:34
O motorista do instituto de infectologia Emílio Ribas, conhecido como Robson, era um dos principais alvos da operação r
 (Marcelo Chello/Estadão Conteúdo)

O motorista do instituto de infectologia Emílio Ribas, conhecido como Robson, era um dos principais alvos da operação r (Marcelo Chello/Estadão Conteúdo)

Nove suspeitos foram presos nesta quarta-feira (31) por roubo e desvio de remédios de alto custo. A investigação é do Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, e começou em 2015. O Gaeco identificou que o esquema furtava, roubava ou desviava medicamentos de alto custo de órgãos públicos e, em seguida, por meio de empresas de fachada, vendia a clínicas, hospitais e outros estabelecimentos de saúde. As transações eram feitas por meio de um escritório em Bauru. Segundo o Gaeco, os líderes do esquema atuavam neste local. Os promotores afirmam que os medicamentos comercializados eram obtidos junto a pessoas físicas, e não perante distribuidoras autorizadas. Por isso, não estavam sujeitos à atividade do órgão fiscalizador. Por meio das vendas desses medicamentos, afirma o Gaeco, o esquema teve um faturamento de mais de R$ 16 milhões — R$ 8.217.534,34 entre setembro de 2014 e outubro de 2015 e R$ 8.294.888,87 entre novembro de 2015 e maio de 2016. As ordens judiciais de prisões e de sequestro de bens foram cumpridas em Araraquara, Guarulhos, São Paulo, Brasília, Colatina (ES) e Goiânia. Em Bauru e Osasco, houve cumprimento de mandado de busca. Os investigadores apreenderam medicamentos em quatro endereços. A Corregedoria-Geral da Administração, a Polícia Militar e os Gaecos do Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo atuam em parceria com o MP paulista na ação. A atuação da Corregedoria deu-se em razão do envolvimento de funcionário público estadual. Houve diligências de fiscalização junto a hospitais públicos. Após o início da apuração, em 2015, o Gaeco denunciou 15 investigados. Os alvos moravam nas cidades de Piratininga, Bauru, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Goiânia. Na época, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e efetuadas buscas em 37 endereços.

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