PANDEMIA

Especialista aponta "anormalidade" na escalada

Ele lembra que países que foram mais enérgicos nas medidas conseguiram combater a transmissão em dois meses

Daniel de Camargo
06/09/2020 às 10:03.
Atualizado em 28/03/2022 às 16:41
  (Cedoc/RAC)

(Cedoc/RAC)

Para o epidemiologista André Ribas de Freitas, a escalada da doença em Campinas não é normal. Contextualiza que o município entrou no sétimo mês de combate à doença e, na sua opinião, ainda está em situação intermediária no que diz respeito à transmissão do vírus. Pondera que, alguns países que conseguiram ser mais enérgicos, por exemplo, obtiveram melhores resultados em dois meses. Os dados apontam para 264 mortes em agosto. O especialista, entretanto, considera que ainda estão pendentes alguns resultados de exames referentes ao último mês. Por isso, a quantidade pode variar para mais. Como já era de se esperar, comenta Ribas, a maioria das vítimas eram integrantes do grupo de risco. Em torno de 81% (853) tinham 60 anos ou mais. A faixa etária de 70 a 79 anos foi a que mais contabilizou óbitos. Ao todo, 280, sendo 173 homens e 107 mulheres. Ribas chama atenção, porém, que crianças, jovens e pessoas de meia idade também precisam se cuidar, porque a enfermidade não é exclusiva de determinado grupo. Quarenta e quatro vítimas tinham 39 anos ou menos. Ainda sobre o perfil das vítimas registradas até 31 de agosto, 86% (905) tinham outras doenças, as chamadas comorbidades. Sobre o local do óbito, 51,5% (576) ocorreram em unidades de saúde da rede pública, 42,1% (440) na rede particular e 2,9% (30) em suas próprias casas.

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