SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Escolas estaduais de 10 cidades da RMC oferecerão merenda nas férias escolares

Famílias têm até amanhã, dia 13, para manifestar interesse nas refeições que serão disponibilizadas aos estudantes de 2 a 31 de janeiro de 2025

Eliane Santos/[email protected]; Luiz Felipe Leite/[email protected]
12/12/2024 às 11:11.
Atualizado em 12/12/2024 às 12:56
Durante o recesso escolar, nos dias de semana, o almoço será servido entre 11h e 13h30; interessados devem responder à pesquisa de intenção por meio da Secretaria Escolar Digital (SED) ou manifestar interesse diretamente na unidade de ensino de origem de cada estudante (Secretaria Da Educação/SP)

Durante o recesso escolar, nos dias de semana, o almoço será servido entre 11h e 13h30; interessados devem responder à pesquisa de intenção por meio da Secretaria Escolar Digital (SED) ou manifestar interesse diretamente na unidade de ensino de origem de cada estudante (Secretaria Da Educação/SP)

Escolas da rede estadual de 10 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) vão manter durante o período de férias escolares a merenda destinada aos estudantes. As famílias dos alunos que querem garantir as refeições precisam manifestar interesse até amanhã, sexta-feira, dia 13. A merenda será oferecida no período de 2 a 31 de janeiro de 2025. Em todo o Estado de São Paulo, mais de 3,5 mil estabelecimentos abrirão suas portas para quem precisa complementar as refeições nas férias. Especialistas ouvidas pelo Correio Popular destacaram que a merenda escolar brasileira é uma fonte essencial de alimentação equilibrada para crianças e adolescentes, muitas vezes superando em qualidade e variedade as que são oferecidas em casa.

As cidades da região que participam do programa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) são Americana, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Santa Bárbara d'Oeste e Valinhos. Somadas, as escolas dessas 10 cidades, metade dos municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC), possuem 59 mil estudantes matriculados na rede estadual de ensino.

COMO PARTICIPAR

A Seduc fará os contratos de cozinheiras e compras de insumos diretamente, de forma centralizada. Para que os estudantes possam frequentar a escola no horário do almoço durante o mês de janeiro, pais e familiares devem responder à pesquisa de intenção por meio da Secretaria Escolar Digital (SED) ou manifestar interesse diretamente na unidade de ensino de origem de cada estudante. “É preciso que a escola tenha conhecimento dos interessados na alimentação escolar com antecedência para que o almoço seja preparado de acordo com a demanda, evitando desperdício de alimentos”, explicou a Seduc-SP.

Durante o recesso escolar, nos dias de semana, o almoço será servido entre 11h e 13h30. A equipe de nutricionistas da Seduc prepara sugestões de cardápio para que a oferta de refeições balanceadas seja mantida.

INSEGURANÇA

Para Adriana Passos, nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP), em Campinas, é ideal que os estudantes façam uma ou até duas refeições dentro do ambiente escolar. Elas contribuem com aproximadamente 30% do valor nutricional necessário durante o dia. “Com o recesso, e considerando que muitas famílias contam com essa refeição, os jovens terão um déficit se não conseguirem comer em casa”, afirmou.

De acordo com a nutricionista Maria Angélica de Oliveira Toledo, formada pela Universidade Metodista de Piracicaba e pós-graduada na Unicamp em Fisiologia e Nutrição Esportiva, a merenda escolar é uma alimentação equilibrada e com qualidade e variedade superior a encontrada em muitos lares brasileiros. Segundo a nutricionista, “a ausência dessa diversidade na alimentação familiar, frequentemente substituída por alimentos ultraprocessados devido à falta de tempo dos pais, pode impactar negativamente o desenvolvimento físico e cognitivo dos jovens”.

Para minimizar esse impacto, programas de alimentação comunitária, distribuição de cestas básicas e educação alimentar para os pais são essenciais. Com isso, é possível replicar, na medida do possível, a qualidade e o equilíbrio das refeições escolares em casa. “É essencial que políticas públicas e ações familiares se complementem para garantir uma nutrição adequada às crianças, tanto na escola quanto no lar”, finalizou Maria Angélica.

Silnia Martins Prado, coordenadora de projetos no eixo de Desenvolvimento Territorial da Fundação Feac, também falou da necessidade das merendas escolares e lembrou que a fome é uma necessidade básica do ser humano. “É uma questão social. A sociedade precisa sentar em uma mesa. Não estamos falando apenas dos governos, mas, sim, de unir toda a sociedade e adotar ações não isoladas.”

Nos últimos anos, a equipe de nutrição da Secretaria da Educação deu início e concluiu o processo de retirada de alimentos enlatados nas refeições e ampliou a oferta de frutas aos estudantes. Atualmente a alimentação escolar da rede estadual é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados. As carnes e frangos distribuídos são congelados, de acordo com o Departamento de Alimentação Escolar da Pasta.

  

  

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