Vandalismo e destruição dentro da E M Padre Avelino Canazz, na Vila Formosa: Prefeitura não soube informar o valor do prejuízo (Kamá Ribeiro)
A Escola Municipal Padre Avelino Canazz, no bairro Vila Formosa, em Campinas, suspendeu as atividades, ontem, por causa de um furto ocorrido no final de semana. A unidade assiste um total de 137 alunos, que estudam em tempo integral, e muitos foram surpreendidos com o cancelamento das aulas quando chegaram pela manhã. A previsão, segundo a Secretaria de Educação, é a de que o retorno seja normalizado hoje.
Foram furtadas oito torneiras do refeitório e ainda quebradas instalações do banheiro feminino e cadeados de proteção. Ontem, uma equipe da Guarda Municipal de Campinas esteve no local para substituir os cadeados.
Em nota, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Campinas informou que já providenciou o conserto das louças dos sanitários e a reposição das torneiras. A expectativa era a de que os trabalhos fossem concluídos ainda ontem. “As aulas estão suspensas hoje (ontem) e devem ser retomadas nesta terça-feira, (19). A direção da escola vai fazer um Boletim de Ocorrência para registrar o ato de vandalismo”.
A assessoria de imprensa da Administração não soube informar o valor estimado do prejuízo provocado pelo crime. Segundo a GM, somente este ano, sete ocorrências de furtos em escolas municipais foram registradas. “Vale ressaltar que em todos os casos foram pequenos furtos, em áreas externas das escolas. Importante destacar ainda que as unidades escolares possuem um sistema de alarme e monitoramento, o qual, ao ser disparado, aciona imediatamente a corporação para o atendimento da ocorrência”, apontou a GM.
Espaço abandonado
Segundo uma pessoa ouvida pela reportagem, que pediu para não ser identificada, ao lado da escola alvo do furto está o antigo prédio onde funcionava o Centro de Saúde São Vicente. Em desuso há cerca de dois anos, o local tem sido usado como ponto de encontro para usuários de drogas, causando problemas recorrentes aos moradores da região.
Questionada sobre projetos para o espaço, a Secretaria de Saúde informou que o antigo prédio do CS está comprometido e precisará ser demolido. “A Pasta está tomando as providências internas junto à Prefeitura. Até que o processo seja concluído, estão sendo tomadas medidas para impedir o acesso ao local”, disse em nota. Além disso, a GM também intensificou o patrulhamento na região.
Aulas interrompidas
Já em relação às aulas, a assessoria disse que a unidade tem um canal direto com os pais para informar o cancelamento das atividades. Porém, muitos pais foram pegos de surpresa com a interrupção das aulas ontem.
Essa não foi primeira vez que as aulas foram interrompidas na rede municipal de ensino. Desde o início do ano letivo, em 7 de fevereiro, as unidades municipais vêm passando por vários problemas. A começar por um impasse com a empresa terceirizada Especialy, responsável por funcionários da limpeza das unidades educacionais, que interrompeu várias vezes as aulas devido à paralisação dos serviços de higiene.
No início de fevereiro, a greve dos funcionários terceirizados da cozinha, limpeza e zeladoria deixou 18,5 mil alunos sem aulas. Depois, no meio do mês, seis creches e escolas municipais que atendiam 2 mil alunos permaneceram fechadas.
Logo no início de março, após uma nova paralisação, a Administração abriu um processo de rescisão de contrato com a Especialy. Em abril, a paralisação afetou 31 creches e escolas do total de 208 mantidas pela Prefeitura.
A última paralisação, também em abril, culminou com o rompimento do contrato e uma multa de R$ 1,5 milhão.
