PATRIMÔNIO

Escola Carlos Gomes é vandalizada em final de reforma

Um vidro de janela de sala de aula que desde a semana passada se transformou em secretaria, foi quebrado por vandalismo

Jaqueline Harumi
31/07/2015 às 21:08.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:57
Muro da Escola Estadual Carlos Gomes, recém pintado, foi pichado e teve cartazes colados ( César Rodrigues/ AAN)

Muro da Escola Estadual Carlos Gomes, recém pintado, foi pichado e teve cartazes colados ( César Rodrigues/ AAN)

Na reta final da restauração da Escola Estadual Carlos Gomes, no Centro de Campinas, o muro, que já estava com pintura nova, foi alvo de pichações, rabiscos e até colagem de cartaz em sua parte externa. Um vidro de janela de sala de aula que desde a semana passada se transformou em secretaria, foi quebrado por vandalismo. Outros 30 vidros de janelas que não possuíam trincas acabaram quebrados com o vento depois de trocados. A obra começou em setembro de 2013 com conclusão prevista em oito meses, mas no início do ano passado o prazo foi estendido para o fim deste mês, segundo a Secretaria de Educação, depois que a empresa responsável, Consanc Engenharia e Construções, perceber que seria impossível cumprir o prazo inicial diante da dimensão da obra no prédio. O investimento de quase R$ 3,6 milhões, através do Fundo para o Desenvolvimento da Educação, não foi alterado. Os novos ares para o colégio de importância histórica para a cidade chamam a atenção e os danos fazem não só funcionários, mas pais e alunos lamentarem a situação. “É uma pouca vergonha o que estão fazendo. Porque destruir um patrimônio público? Vai que um dia eles precisam?”, opinou Marcos André Alves, de 22 anos, recém-matriculado na unidade de ensino. Mãe de aluna matriculada, a técnica de logística Cristiane Martins, de 36 anos, não se conforma. “Acho que é uma falta de respeito tremenda, porque é uma escola que dá educação. Se não respeitam a escola, vão respeitar quem?”, questionou. A diretora da escola, Mirian Glaciete de Lazzari Shimizu, notou ontem as pichações e rabiscos no muro quando foi procurada pela reportagem. Quanto ao dano na janela da secretaria, contou que foi cometido por aluno em semana anterior, sendo que nos dois casos a própria escola terá de pagar pelo conserto. Já os cerca de 30 vidros danificados com o vento serão trocados pela construtora sem custo adicional. A solução para o vandalismo externo, para ela, é a detenção pela polícia. “Quando é dentro do prédio, eu caço, dou um jeito. Essa semana tinha um homem dormindo na escada dos fundos: tirei ele de lá e o pessoal da obra tirou as coisas. Eu sinceramente não tenho ação contra isso (pichação)”. Mirian lembrou que o dano interno é praticamente inevitável. “Como nós permanecemos no prédio com alunos, uma coisa ou outra acontece, mas nada que seja impossível de ser resolvido”, ponderou. “A princípio 90% dos alunos gostam do que está acontecendo, apreciam a obra”, frisou. A Polícia Militar responsável pela área foi procurada para falar sobre o vandalismo, mas ninguém retornou contato até as 19h.

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