CRIME ESCLARECIDO

Envolvidos no latrocínio de GM em Campinas são detidos

Alvo dos bandidos era uma caminhonete Toyota Hilux do guarda municipal, que reagiu à abordagem

Alenita Ramirez / [email protected]
25/06/2022 às 12:16.
Atualizado em 25/06/2022 às 12:16
As prisões dos suspeitos ocorreram com base em mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça e cumpridos por policiais da Deic (Divulgação)

As prisões dos suspeitos ocorreram com base em mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça e cumpridos por policiais da Deic (Divulgação)

Duas pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira, em Campinas, suspeitas de envolvimento no latrocínio que vitimou um guarda municipal (GM) da cidade, no dia 27 de maio deste ano. Um deles é apontado como mandante do crime. O outro, aquele que abordou a vítima, estava preso há pelo menos 10 dias, por ter sido capturado por outro crime. Outras duas pessoas não foram localizadas e são consideradas foragidas. Elas teriam dado cobertura ao roubo. 

No total, ao menos cinco criminosos participaram do latrocínio. Um dos assaltantes também morreu no dia da ação. As prisões são temporárias. O alvo dos bandidos era a caminhonete do guarda municipal.
As prisões ocorreram com base em mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça e cumpridos por policiais da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic). Ao todo, foram quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão. E foram cumpridos por policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e 3ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da GM.

Os mandados foram cumpridos nos bairros Residencial Gênesis (3), Pq. Brasília, Vila Brandina e Chácara da Barra, todos em Campinas, e na Vila Soma, em Sumaré. 

O suposto mandante do crime, identificado pelas iniciais J.E.R, vulgo “Peo”, foi preso na casa dele, no Residencial Gênesis. 

A Polícia Civil chegou ao grupo a partir da prisão, pela GM, de um homem de 23 anos, que era procurado da Justiça. Com ele foi aprendido um celular, que acabou revelando a participação dele no crime contra o GM Robinson Costa Franco, de 47 anos.

Até então, o crime era investigado como um homicídio. Porém, com a prisão do suspeito, o caso passou a ser apurado como latrocínio. 

Como tudo aconteceu

Franco estava em uma feira noturna no Jd. Flamboyant e foi abordado por dois homens, perto de sua caminhonete, quando deixava o local. Ele reagiu ao anúncio do assalto e houve uma troca de tiros com os suspeitos. O GM foi baleado e morreu no local, assim como um dos assaltantes. O outro assaltante fugiu, mas a Polícia Civil descobriu que ele havia sido resgatado pelo pai e uma testemunha, próximo a uma pizzaria, no mesmo bairro. 

Os agentes também descobriram que os dois ladrões chegaram à feira com a ajuda de duas pessoas, que ao perceberem que o roubo tinha dado errado, fugiram, deixando o homem para trás. 
Com as apurações, os policiais confirmaram que o alvo era a Toyota Hilux da vítima. “Apuramos que ‘Peo’ contratou eles (o bandido que foi morto e o que fugiu da cena do crime) para roubar uma caminhonete. Antes ele também roubava carros, mas terceirizou o crime e passou a fazer receptação de caminhonetes”, disse o chefe de investigação da DIG, Marcelo Hayashi. 

“Peo”, de 36 anos, tem diversas passagens por roubo. Ele passou a ser receptador de caminhonetes, que, depois recebem placas adulteradas, eram comercializadas como veículos “quentes”. “Ele (Peo) nega, mas tanto ele quanto o outro, que estava preso (capturado pela GM), já foram detidos juntos no passado, em outras ações de roubo”, disse o delegado da DHPP, Rui Pegolo.

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