Profissionais assumiram postos de trabalho nas unidades de saúde em Campinas nesta sexta-feira
A situação nas unidades de pronto atendimento do SUS de Campinas foi mais tranquila nesta sexta-feira (15), no segundo dia após a demissão dos mais de 600 funcionários contratados por meio do convênio com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, considerado ilegal pelo Tribunal de Contas.
Uma quantidade — ainda não definida pela Prefeitura — dos médicos contratados em caráter emergencial na semana passada, assumiram seus postos de trabalho e aliviaram, em algumas unidades, a falta de profissionais.
Ao todo, 146 médicos devem começar a trabalhar nas próximas semanas. Com isso, zera o déficit de médicos que foram demitidos com o fim do convênio. Outros 643 funcionários devem assumir dentro de duas semanas.
O secretário de Saúde Cármino de Souza afirmou que os responsáveis pelas unidades montaram escalas de plantão para médicos de forma a minimizar o impacto das demissões. Segundo ele, a situação irá melhorar na próxima semana, quando os 146 profissionais tiverem assumido os seus postos.
No Pronto Atendimento Centro quatro médicos trabalhavam no período da manhã e o tempo de espera para uma consulta era de duas horas. No PA Campo Grande três médicos atendiam aos pacientes, que chegaram a esperar três horas, índice considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde. “Eu já fiquei mais tempo esperando por atendimento”, afirmou a doméstica Célia Lemos.
Durante a manhã, o Pronto-Socorro São José operou com apenas dois médicos, que ficaram responsáveis pelos casos de urgência e emergência. Isso, no entanto, não trouxe problemas para a população que procurou a unidade.
O movimento maior foi registrado no Hospital Municipal Mário Gatti, que contava com oito médicos. Lá o tempo de espera chegou a cinco horas. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, isso ocorreu porque a procura pelo pronto-socorro é maior às sextas.
Remédio
As unidades de saúde já começaram a receber AAS. Segundo a Secretaria de Saúde, o medicamento começou a ser distribuído segunda-feira para os centros de saúde. A lista com medicamentos em falta foi atualizada ontem e revela que faltam 22 itens na rede. O prazo para regularização para a maioria dos itens é de cerca de 15 itens.