CAMPINAS

Entidades apoiam manifestação contra governo Dilma

O Movimento Mudanças Já-Maçons.BR divulgou carta em que pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff; OAB pede punição mais rígida para a corrupção

Da Agência Anhanguera de Notícias
igpaulista@rac.com.br
11/04/2015 às 05:00.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:45

Cerca de 8,5 mil pessoas, segundo a PM, protestaram na manhã de 15 de março nas ruas centrais de Campinas contra o governo e pediam a saída da presidente Dilma Rousseff (Camila Moreira/ AAN)

O Movimento Mudanças Já-Maçons.BR e a 3ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Campinas, declararam apoio aos protestos anticorrupção deste domingo (12). O grupo maçom divulgou nesta sexta-feira (10) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff em que faz quatro pedidos e, no final, sugere que ela renuncie ao seu mandato. A OAB iniciou uma campanha de combate à corrupção, com o slogan “Pela Ética e Cidadania”. O Maçons.BR pede o corte de ministérios e, consequentemente, de funcionários no Palácio do Planalto, transparência na aplicação de recursos nacionais, o veto da nomeação do ministro Dias Toffoli para a presidência da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, que irá julgar os crimes da Petrobras, no caso conhecido como Petrolão, e a redução do Poder judiciário para julgar casos que seriam pertinentes apenas aos poderes Executivos e Legislativos. Indignação Membro do movimento e secretário-geral do Grande Oriente do Brasil, entidade subordinada às Lojas Maçônicas Nacionais, Antonio Gavioli afirmou que a carta reflete a indignação de todo o povo brasileiro. “Antes de sermos maçons, somos cidadãos e também sofremos com as crises política, econômica e ética que o Brasil está passando. Como os demais segmentos da sociedade, queremos um País mais justo e mais honesto”. Outro representante do movimento, Gercindo Zarpelon, afirmou que a carta é um grito de mudança. “A maçonaria quer que alguém honesto administre o Brasil. O desemprego está aumentando, não tem saúde e educação. Infelizmente, só a saída de Dilma é o caminho”. 'Buraco negro' Sobre a redução de ministérios, a carta diz que a gestão de Dilma está marcada pelo “recorde de trinta e nove ministérios, muitos deles criados para abrigar apaniguados do seu partido ou de partidos aliados”. O texto chama a máquina estatal de “buraco negro”, que engole recursos públicos sem que haja uma devolutiva em benefícios ao povo. No item sobre a transparência de aplicação dos recursos, a carta cita especificamente verbas do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinadas a governos de países de esquerda na América Latina. “Presidente, somos carentes de tais obras de infraestrutura aqui, na nossa terra, e temos certeza de que isso é de seu conhecimento”, diz o texto. Impedimento ético Quando cita Toffoli, o movimento lembra que ele foi advogado do PT e assessor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado pelo mensalão. “Ele tem notórios impedimentos éticos”. No último item, a carta diz que o PT não pode interferir nas decisões do judiciário. “Nosso Brasil tem leis e Constituição que preveem e punem crimes de responsabilidade, crimes de peculato, crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra a República, crimes de traição à Pátria etc. O que é necessário é que seu partido desaparelhe o poder judiciário e limite- se ao Executivo e Legislativo”. Por fim, os maçons pedem, caso a presidente não consiga atender aos pedidos, que ela renuncie. “Será menos doloroso para o País e para a presidente que um processo de impeachment, recurso constitucional que detém a Nação brasileira para afastá-la definitivamente da vida pública”. Apesar de não fazer parte do movimento, o maçom Sinval Roberto Dorigon apoia a carta e estará presente no protesto do dia 12 de abril. “Nós queremos transparência, que o caso da Petrobras seja investigado a fundo e que os envolvidos sejam punidos. O Brasil tem leis suficientes para punir de forma exemplar, mas tem que ter transparência”.OAB A campanha da OAB pede punição mais rígida aos crimes de corrupção e uma reforma política que impeça a prática desses delitos. “A advocacia sempre esteve engajada em momentos históricos do nosso País, e em defesa da democracia e da justiça social e, mais uma vez, a Ordem busca dar sua contribuição ao País. Os manifestos retratam a indignação dos cidadãos brasileiros em relação aos atos de corrupção de uma forma geral, independentemente de poder, partido político ou instância”, afirmou o presidente da OAB Campinas, Daniel Blikstein.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por