EDUCAÇÃO

Ensino integral ganha força na região de Campinas

Modelo que reduz a evasão escolar e aumenta o envolvimento dos alunos já é aplicado em oito cidades

Inaê Miranda
inae.miranda@rac.com.br
02/11/2013 às 12:04.
Atualizado em 26/04/2022 às 10:17

Redução da evasão escolar, alunos envolvidos, interessados no aprendizado e protagonistas do próprio futuro. Esse é o resultado da experiência de oito meses de implantação do Ensino Integral Médio na Escola Professor Celso Henrique Tozzi, em Jaguariúna. A unidade é uma das nove da rede estadual que oferecem o ensino integral na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O modelo é considerado um sonho para os professores, que atuam em regime de dedicação exclusiva, têm um contato mais próximo com o aluno e conseguem acompanhar o seu desenvolvimento. Em plena expansão, o ensino integral deve ser implantado em mais onze escolas da RMC.Na Tozzi, hora de estudar é sinônimo de concentração, de diversão e também de traçar projetos para o futuro. A aula começa às 7h e até as 16h10, horário de encerramento, os alunos dividem o tempo entre as aulas regulares — português, matemática, química, biologia, física, entre outras — e as disciplinas eletivas, aquelas escolhidas pelos próprios alunos com base em suas afinidades ou no projeto que têm para o futuro. As “aulas eletivas” agrupam alunos das três séries do Ensino Médio e trabalham com conteúdos multidisciplinares, que aprimoram os conhecimentos visto nas disciplinas regulares.Uma das eletivas é de cheiros e sabores, realizada no laboratório de química pelas professora de matemática Vanessa Morrinho Fernandes e de química Elizandra Lopes. Além de aprenderem conteúdos das duas disciplinas, os alunos colocam de fato a mão na massa. “Eles já fizeram produtos de perfumaria, como sabonete, perfume, sabão. Aprendem a parte teórica e depois fazem as proporções usando a matemática. Na culinária, estão aprendendo a usar a matemática e a química na prática. Veem que podem aplicá-las no dia a dia e o aprendizado se torna mais fácil”, diz. Na última quarta-feira, os alunos produziram pão.A partir de 2014, as escolas Professor Carlos Lencastre, Professor Djalma Octaviano, e Vítor Meireles, todas da rede estadual de ensino de Campinas, irão receber os alunos em período integral. Elas foram escolhidas para dar início ao projeto de ensino integral nas escolas da rede em Campinas de acordo com a demanda e com o espaço físico. A expectativa é de que recebam em média 300 alunos, cada uma. Em toda a RMC serão onze. A modalidade de ensino está em plena fase de expansão e, para 2015, outras quatro escolas da região Campinas-Leste também irão adotar o ensino integral. Segundo Nivaldo Vicente, dirigente regional de ensino da diretoria Campinas-Leste, a demanda das escolas começou a ser estudada no início deste ano. “A Vítor Meirelles já tinha a demanda reduzida e o prédio atendia às necessidades, com vários ambientes para implantação dos laboratórios e com espaços que podem ser explorados para salas temáticas, por exemplo. A Carlos Lencastre e Djalma Octaviano ficavam próximas uma da outra, atendem alunos da mesma região, então trocamos as demandas. Uma vai ficar com os anos finais do Ensino Fundamental e a outra com o Ensino Médio”, explicou o dirigente.

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