hidroxicloroquina

EMS testa medicamento para reduzir internações

A indústria multinacional brasileira de produtos farmacêuticos EMS, com sede em Hortolândia, teve seu terceiro estudo sobre o uso

Daniel de Camargo
30/04/2020 às 10:39.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:31

A indústria multinacional brasileira de produtos farmacêuticos EMS, com sede em Hortolândia, teve seu terceiro estudo sobre o uso da hidroxicloroquina no combate à Covid-19 aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autarquia vinculada ao Ministério da Saúde. Diferentemente dos trabalhos validados anteriormente, esse será aplicado em pacientes ambulatoriais, ou seja, em casos mais leves da doença. O ensaio clínico será randomizado controlado, aberto, multicêntrico e nacional e terá participação de mais de 100 hospitais e 1.300 pacientes em todo o País. A farmacêutica irá doar todo o medicamento utilizado no tratamento. As primeiras análises de dados poderão ser feitas quando o ensaio atingir 33% dos pacientes e a segunda, com 66% de adesão. A conclusão será divulgada em apresentações em congressos e submetida para publicação em periódicos científicos em todo o mundo. A EMS informou, em nota, que o objetivo é prevenir a hospitalização e complicações respiratórias em pessoas com diagnóstico confirmado ou presumível de infecção pela doença. Diretor médico-científico da empresa, Roberto Amazonas enfatiza a intenção de verificar se a medicação também atua no vírus quando sua ação no organismo do paciente está ainda no princípio. “Isso nos mostrará se com a hidroxicloroquina conseguiremos também evitar internações, o que é um grande benefício diante de um cenário de colapso de sistema de saúde pelo qual podemos passar" contextualiza. A pesquisa será conduzida em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e a Coalisão Covid-19 Brasil formada por: HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio Libanês, Hospital Moinhos de Vento e BRICNET, entre outros. O remédio usado contra alguns tipos de malária e doenças reumatológicas apresentou, segundo pesquisadores de várias partes do mundo, resultados promissores contra a Covid-19. A EMS também está apoiando a realização de outros dois estudos clínicos que, além de hospitais e entidades voltadas para a saúde, tem o Ministério da Saúde como parceiro. As análises envolvem pacientes diagnosticados com Covid-19 e com pneumonia moderada ou grave. Esses trabalhos avaliarão a eficácia e segurança do uso da hidroxicloroquina isolada ou em associação à azitromicina (antibiótico utilizado para combater infecções respiratórias) no tratamento e envolvem entre 40 e 60 centros de pesquisa clínica em todo o Brasil. Para esse projeto, a EMS doará, ao todo, R$ 1 milhão, fora os medicamentos.

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