CAIU A CASA

Empresário é preso acusado de ajudar facção

Também suspeito de lavagem de dinheiro, Costa possui revenda de automóveis de luxo em Vinhedo

Alenita Ramirez
19/03/2013 às 20:50.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:57
Veículos apreendidos na revenda do empresário acusado de colaborar com facção criminosa foram perfilados em frente à Dise de Jundiaí (Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

Veículos apreendidos na revenda do empresário acusado de colaborar com facção criminosa foram perfilados em frente à Dise de Jundiaí (Gustavo Tilio/Especial para a AAN)

O empresário Adriano Paulo da Costa, de 38 anos, conhecido como Balato, foi preso enquanto dormia em sua casa, em um condomínio de luxo, em Vinhedo, na manhã desta terça-feira (19), suspeito de lavagem de dinheiro e ligação com uma facção criminosa que atua no Estado.

Em 2006, ele teria ajudado a planejar um ataque em que um policial militar foi morto em Jundiaí.

A prisão foi feita por policiais da Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), de Jundiaí, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Campinas, baseada em investigações que vêm sendo feita há cerca de dois anos sobre o tráfico de drogas em Jundiaí.

Entre segunda-feira (18) à noite e madrugada de terça, além do empresário, outras quatro pessoas foram presas com base em mandado de prisão e busca — entre elas um adolescente.

Na casa do empresário, no condomínio Jardim Paulista, foi apreendida uma Toyota Hilux SW4. Costa é dono de um estacionamento de compra e venda de veículos de luxo — alvo da operação —, o Kauã, localizado na Avenida Brasil, na região central de Vinhedo.

No local foram apreendidos 22 carros, que foram levados para a Dise de Jundiaí, e depois serão encaminhados para o Pátio da cidade, onde aguardarão decisão judicial.

“O patrimônio de Balato, entre a casa e os carros, é avaliado em mais ou menos R$ 2,5 milhões”, disse o delegado da Dise, Florisval Silva Santos.

A polícia obteve prisão preventiva do empresário. A reportagem não teve acesso à defesa apresentada por ele.

Segundo o promotor do Gaeco, Ricardo Schade, os veículos do estacionamento foram apreendidos porque aparentemente o estabelecimento comercial funcionava como fachada para a lavagem de dinheiro.

Segundo Schade, ainda não se sabe a função de Costa exata na facção, porém, ele teria um cargo importante na parte financeira.

“Ainda falta cumprir alguns mandados e não descarto a possibilidade de novas prisões nos próximos dias.”

Ao longo de dois anos, 13 pessoas foram presas, incluindo as quatro com ordens judicial desta terça-feira.

Outra prisão ocorreu em flagrante, também na madrugada desta terça — de um homem que transportava cerca de um quilo de cocaína, separada em pinos, em uma mochila, no Jardim São Camilo, em Jundiaí. Com ele, a polícia ainda apreendeu num esconderijo, outros quatro quilos de cocaína a granel, do tipo nine-nine (mais pura).

A operação contou com 13 policiais civis, inclusive ajuda da Seccional local. (Colaborou Milene Moreto/AAN)

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