Também suspeito de lavagem de dinheiro, Costa possui revenda de automóveis de luxo em Vinhedo
Veículos apreendidos na revenda do empresário acusado de colaborar com facção criminosa foram perfilados em frente à Dise de Jundiaí (Gustavo Tilio/Especial para a AAN)
O empresário Adriano Paulo da Costa, de 38 anos, conhecido como Balato, foi preso enquanto dormia em sua casa, em um condomínio de luxo, em Vinhedo, na manhã desta terça-feira (19), suspeito de lavagem de dinheiro e ligação com uma facção criminosa que atua no Estado.
Em 2006, ele teria ajudado a planejar um ataque em que um policial militar foi morto em Jundiaí.
A prisão foi feita por policiais da Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), de Jundiaí, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Campinas, baseada em investigações que vêm sendo feita há cerca de dois anos sobre o tráfico de drogas em Jundiaí.
Entre segunda-feira (18) à noite e madrugada de terça, além do empresário, outras quatro pessoas foram presas com base em mandado de prisão e busca — entre elas um adolescente.
Na casa do empresário, no condomínio Jardim Paulista, foi apreendida uma Toyota Hilux SW4. Costa é dono de um estacionamento de compra e venda de veículos de luxo — alvo da operação —, o Kauã, localizado na Avenida Brasil, na região central de Vinhedo.
No local foram apreendidos 22 carros, que foram levados para a Dise de Jundiaí, e depois serão encaminhados para o Pátio da cidade, onde aguardarão decisão judicial.
“O patrimônio de Balato, entre a casa e os carros, é avaliado em mais ou menos R$ 2,5 milhões”, disse o delegado da Dise, Florisval Silva Santos.
A polícia obteve prisão preventiva do empresário. A reportagem não teve acesso à defesa apresentada por ele.
Segundo o promotor do Gaeco, Ricardo Schade, os veículos do estacionamento foram apreendidos porque aparentemente o estabelecimento comercial funcionava como fachada para a lavagem de dinheiro.
Segundo Schade, ainda não se sabe a função de Costa exata na facção, porém, ele teria um cargo importante na parte financeira.
“Ainda falta cumprir alguns mandados e não descarto a possibilidade de novas prisões nos próximos dias.”
Ao longo de dois anos, 13 pessoas foram presas, incluindo as quatro com ordens judicial desta terça-feira.
Outra prisão ocorreu em flagrante, também na madrugada desta terça — de um homem que transportava cerca de um quilo de cocaína, separada em pinos, em uma mochila, no Jardim São Camilo, em Jundiaí. Com ele, a polícia ainda apreendeu num esconderijo, outros quatro quilos de cocaína a granel, do tipo nine-nine (mais pura).
A operação contou com 13 policiais civis, inclusive ajuda da Seccional local. (Colaborou Milene Moreto/AAN)