CAMPINAS

Empresário cria réplica do Parthenon e vira atração

Réplica do Parthenon grego à beira da Anhanguera surpreende motoristas

Cecília Polycarpo
21/07/2013 às 10:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:59

Motoristas que trafegam pela Rodovia Anhanguera (SP-330) ficam surpresos ao se depararem com o Parthenon grego à beira da estrada, na altura de Valinhos, próximo à entrada do Anel Viário José Magalhães Teixeira. Em três meses, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) terá sua própria réplica de um dos maiores monumentos culturais da história da humanidade. A obra está em fase de acabamento, mas as famosas colunas claras já se destacam na paisagem. A ideia de fazer um edifício nos moldes do templo dedicado à deusa Atenas foi do português radicado em Valinhos Manoel Coelho, apaixonado por viagens e prédios históricos. A construção terá um conjunto de escritórios e servirá de fachada para um galpão industrial.

Ao lado do “Parthenon”, Coelho ergueu uma mansão em estilo georgiano inspirado na Casa Branca, residência oficial do presidente dos Estados Unidos e sede do poder executivo norte-americano. O local será usado como salão para eventos e também deve abrigar salas comerciais. O filho e sócio do empresário, Manoel Cláudio Coelho, afirmou que o próprio pai fez o projeto dos prédios, apesar de nunca ter estudado arquitetura. “A inspiração vem nas viagens que ele faz. Ele bola o projeto na cabeça dele e passa as instruções para o engenheiro”, disse o filho. Manoel não pode falar pessoalmente com o Correio porque está em viagem internacional.

As colunas da réplica do Parthenon são amareladas, mas serão pintadas de branco. Elas foram construídas em volta de um “caixote” preto, que vai ser revestido por uma película de vidro dourada. A inovação, segundo Claúdio, dará um toque moderno ao edifício. O prédio terá três andares e 1,7 mil metros quadrados de área construída. A família também é adepta a soluções criativas para baratear a obra. Por exemplo, em vez de comprarem as colunas, eles pediram que um serralheiro criasse um molde para fazê-las, o que teria barateado pelo menos dez vezes os trabalhos.

“Também usamos materiais alternativos. Meu pai é muito pró-ativo. Ele bola as coisas e consegue artistas que compram as ideias. Dessa forma que as construções são feitas”, explicou Cláudio. O engenheiro Flávio Afonso, que tocou a construção da mansão inspirada na Casa Branca e agora se debruça sobre a réplica grega, disse estar acostumado a fazer as obras sem um projeto concreto. Segundo ele, Coelho prefere fazer modificações na construção ao longo dos trabalhos. “Ele tem boas ideias e eu gosto de trabalhar com coisas diferentes.” A área onde será instalado o galpão ainda está em processo de terraplanagem. Ele deve ser entregue no primeiro semestre do ano que vem. A empresa MFC Empreendimentos Imobiliários, de propriedade da família Coelho, negocia com a Prefeitura de Valinhos o asfaltamento da rua que dá acesso aos prédios. A concessionária AutoBAn, que administra a Anhanguera, informou que, por ser uma via municipal, não pode interferir na pavimentação da rua.

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