DOM PEDRO

Empresa inicia explosão de rocha em rodovia

Nesta quinta-feira foi realizada a primeira de uma série de 30 detonações em Campinas

Luciana Félix
21/11/2013 às 21:45.
Atualizado em 24/04/2022 às 23:30

A concessionária Rota das Bandeiras, que administra a Rodovia D. Pedro I, iniciou nesta quinta-feira (21) a primeira de uma série de 30 explosões em uma rocha de 15 mil metros cúbicos localizada às margens da via — altura do Km 136, sentido Jacareí — na região do Jardim Santa Cândida. A detonação ocorreu pouco antes das 14h e foi necessária a evacuação de cerca de 400 pessoas que moram (30 residências) ou trabalham (6 empresas) em um raio de 150 metros do local. A destruição da rocha é necessária para dar continuidade à construção da vias marginais da rodovia. A segunda explosão acontece na próxima quarta-feira, dia 27, no mesmo horário. Ao todo, o processo de detonação da pedra gigante pode levar até 45 dias.Tráfego interrompidoPara a explosão desta quinta-feira o fluxo de veículos na rodovia foi interrompido por cerca de oito minutos nos dois sentidos. Os veículos foram barrados a uma distância de 150 metros do local. Segundo a concessionária, houve engarrafamento de cerca de dois quilômetros em cada sentido da via. Agentes da mobilidade urbana da Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) também bloquearam ruas e avenidas no entorno do viaduto de acesso às universidades — próximo ao local da detonação. A explosão levou apenas 1,5 segundo e não causou tremor ou espalhou detritos em seu entorno e na pista. A dinamite (que não teve a quantidade divulgada) foi enterrada a uma profundidade de 1,80 metro na rocha. Uma manta de ferro foi colocada sobre a pedra e ajudou a conter os detritos. Segundo a empresa contratada para o serviço, foram destruídos cerca de 600 metros cúbicos da rocha. SismógrafosForam colocados sismógrafos (aparelhos que registram ondas sísmicas) em três pontos para medir a vibração e abalo causado pela detonação. Apenas em um ponto, próximo a um barracão atrás da rocha, foi marcada a medição de 10%, considerada muito baixa pelos técnicos. A explosão foi acompanhada por homens da Polícia Civil e do Exército, que ficaram a posto para dar cobertura ao uso da dinamite.“A operação foi um sucesso. As detonações ocorreram com segurança para a comunidade e sem nenhuma intervenção com a rodovia. Toda vez que elas irão acontecer vamos soltar avisos sonoros para que as pessoas que foram alertadas deixem suas casas e trabalhos”, explicou Abner Toledo, engenheiro responsável pela operação. As casas próximas foram avaliadas para saber se havia risco de abalo. “Pela primeira detonação vemos que podemos até aumentar a quantidade de dinamite que não haverá problemas. A intenção é reduzir o tempo de trabalho e incômodo para a comunidade”.Horário idealO especialista explicou que as explosões têm que acontecer no horário entre 13h e 14h porque é o período onde há menos pessoas em casa — no período da noite a região concentra cerca de 2 mil pessoas —, é um dos períodos que têm menos fluxo de veículos na rodovia e também devido a Lei do Silêncio.A concessionária colocou a disposição dos moradores dois canais de contato. Um contêiner usado como posto de informações está instalado no viaduto que dá acesso ao Parque das Universidades (viaduto da PUC), a cerca de 150 metros da rocha. E também o telefone 0800 770 80 70.

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