SUMARÉ

Empresa apresentará opção a ocupantes da Vila Soma

Moradores deverão ser transferidos para três áreas dos bairros Maria Antônia e Jardim Picerno, segundo o advogado que representa as famílias da ocupação, Alexandre Mandl

Inaê Miranda
23/06/2015 às 05:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:37
Manifestação dos ocupantes da Vila Soma se estendeu por um trecho de três quilômetros (Inaê Miranda/AAN)

Manifestação dos ocupantes da Vila Soma se estendeu por um trecho de três quilômetros (Inaê Miranda/AAN)

Os moradores da Vila Soma, em Sumaré, deverão ser transferidos para três áreas dos bairros Maria Antônia e Jardim Picerno, segundo o advogado que representa as famílias da ocupação, Alexandre Mandl. As áreas devem ser apresentadas pela construtora Emccamp no dia 3 de julho, conforme definido na segunda-feira (22) na reunião do Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse (Gaorp), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Enquanto a reunião do Gaorp ocorria na Capital, moradores da ocupação saíram em marcha para cobrar moradia e pressionar os órgãos envolvidos no Gaorp. O grupo, estimado em 4 mil pessoas pelos organizadores e 3 mil pela Polícia Militar, ocupou as marginais da Via Anhanguera provocando congestionamento de quatro quilômetros. Segundo o advogado, a construtora Emccamp — responsável por procurar as áreas para construção de três empreendimentos que abriguem as famílias da Vila Soma -—apresentará no próximo dia 3 a pré-seleção dos espaços para construção. Em uma segunda reunião, definida para o dia 24 de julho, a empresa deverá apresentar o projeto dos empreendimentos que serão feitos nessas áreas e a Prefeitura de Sumaré deverá emitir um parecer técnico. No dia 27 de julho, o Gaorp volta a se reunir. “A expectativa é chegar no dia 27 com o compromisso de compra e venda dessas áreas assinado”, afirmou Mandl. Ele afirmou ainda que a reunião trouxe segurança aos moradores da ocupação já que, enquanto a documentação da proposta estiver sendo preparada, não há possibilidade de retirada das famílias. A reunião foi conduzida pelo juiz do Gaorp Kleber Leyser de Aquino. Em nota, o TJ informou que em reunião, às 14h do dia 27 será dada continuidade aos trabalhos. “Neste ínterim, serão definidos os locais onde poderão ser construídos os imóveis para os atuais ocupantes da referida área. A Prefeitura de Sumaré, o Estado e a União, através da CEF, estão colaborando sensivelmente”, diz nota. Segundo Carolina Dalla Valle Bedicks, defensora pública e coordenadora auxiliar do núcleo de habitação e urbanismo da Defensoria Pública de São Paulo, o órgão se posicionou dizendo que as famílias estão abertas a acordo e querem pagar por suas moradias. A Prefeitura afirmou, em nota, que segundo os secretários municipais presentes na reunião do Gaorp, não foi descartado pelo desembargador o cumprimento da ordem de reintegração de posse expedida pelo juiz local,mas ele adiantou que tal ordem deverá ser cumprida quando houver um encaminhamento no sentido da viabilização das áreas.AtoA manifestação se estendeu por um trecho de três quilômetros. Crianças, adultos, idosos e famílias inteiras seguiam atrás dos dois carros de som, providenciados pela organização do evento, cantando funk com letras improvisadas para o problema habitacional que enfrentam.Por volta das 15h20, o grupo seguiu pela marginal da Anhanguera, sentido Campinas. Os acessos da via marginal foram fechados e o trânsito desviado para a pista expressa. Os manifestantes passaram pelo viaduto da Honda, na altura do km 109, e, retornaram para Sumaré, também pela via marginal. Os acessos para a marginal também foram bloqueados neste sentido e o motorista que pegaram a marginal antes do bloqueio foi obrigado a seguir em comboio atrás dos manifestantes. Eles deixaram a rodovia por volta das 17h40. O congestionamento registrado foi de aproximadamente quatro quilômetros, no sentido Sumaré, do km 108 ao km 112, tanto na pista marginal como na pista expressa.

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