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Empregos ficam no azul após 4 meses de quedas

Foram criados 871 novos postos de trabalho no mês de julho

Henrique Hein
25/08/2020 às 07:51.
Atualizado em 28/03/2022 às 17:52
Na contramão da região, Campinas registrou saldo negativo de vagas (Matheus Pereira/AAN)

Na contramão da região, Campinas registrou saldo negativo de vagas (Matheus Pereira/AAN)

A Região Metropolitana de Campinas (RMC), após quatro meses consecutivos de queda na geração de empregos, encerrou julho com saldo positivo de 871 novos postos de trabalhos. O resultado ameniza o desempenho ruim que a região vinha apresentado neste ano, sobretudo em razão dos efeitos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. No acumulado do ano, a região apresenta agora um saldo negativo de 33,2 mil postos de trabalho. O estudo faz parte de uma análise feita pelo Observatório PUC-Campinas, que se baseou nos indicadores divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o levantamento, o crescimento das oportunidades de trabalho em julho ocorreu na maioria das cidades da região, com destaque para Paulínia, Sumaré, Hortolândia e Pedreira que, juntas, foram responsáveis pela criação de mais de mil novas vagas. Em contrapartida, o município de Campinas, com aproximadamente 50% dos postos fechados no período, registrou saldo negativo de 994 empregos formais no mês de julho. O perfil dos mais favorecidos pelos postos gerados na RMC compreende jovens entre 18 e 24 anos, enquanto os profissionais na faixa de 50 a 64 anos foram os mais prejudicados. Na avaliação da professora e economista Eliane Rosandiski, responsável pela coordenação e análise do estudo, a recuperação dos empregos na região foi puxada pelas atividades ligadas às áreas da construção civil, da indústria de transformação e do comércio, que registraram um saldo de 824, 598 e 539 empregos gerados em julho, respectivamente. O setor de serviços, que apresentou saldo positivo de 467 postos de trabalho ligados às atividades financeiras, de informação e comunicação, exibiu, por outro lado, resultados negativos nos segmentos de alojamento, alimentação, transporte e armazenagem. Ainda de acordo com a professora extensionista, a avaliação da recuperação econômica regional requer a compreensão dos impactos das medidas adotadas, tais quais o auxílio emergencial e a flexibilização de contratos de trabalho no mercado formal. Ao todo, o Observatório da PUC-Campinas estima que cerca de 757 mil pessoas estavam recebendo auxílio em julho e que, dos 857 mil trabalhadores empregados formalmente, 47% estavam com contratos flexibilizados. “O desafio (agora) é saber se a economia irá se recuperar na intensidade necessária para evitar um movimento de reajuste no momento em que se cesse o período de flexibilização ou que termine a transferência do auxílio”, disse Eliane.

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