saldo positivo

Emprego sinaliza recuperação pelo 2º mês seguido

Balanço divulgado pelo Observatório da PUC-Campinas mostra que, após o forte impacto da pandemia, números do emprego voltam a ter saldo positivo

Da Agência Anhanguera
05/10/2020 às 20:06.
Atualizado em 27/03/2022 às 23:44
A Indústria de Transformação foi o terceiro setor que mais criou empregos                    (Miguel Angelo/CNI)

A Indústria de Transformação foi o terceiro setor que mais criou empregos (Miguel Angelo/CNI)

Depois do forte impacto provocado pela pandemia do coronavírus, o emprego na Região Metropolitana de Campinas (RMC), parece dar sinais de recuperação. Pelo segundo mês consecutivo, o saldo de empregos na região foi positivo, segundo balanço divulgado ontem pelo Observatório PUC-Campinas. De acordo com estudo da economista Eliane Rosandiski realizado a partir dos dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, quase todos os municípios que compõem a RMC apresentaram saldos positivos expressivos na criação de vagas de trabalho no mês de agosto. No total chegou-se a 6.211 novas vagas. Campinas foi o principal destaque. Após cinco meses de déficit, gerou 1.838 novos postos. Outros destaques foram Paulínia (778), Nova Odessa (479), Indaiatuba (446), Hortolândia (354) e Sumaré (347). No acumulado do ano, 25,9 mil postos de trabalho foram perdidos como consequência da pandemia. Dos setores de atividade, aquele que mais ofertou oportunidades foi o segmento de serviços de informação e comunicação; e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Foram 2.573 postos de trabalhos criados no período. A Indústria de Transformação, essencial à dinâmica e sustentabilidade dos empregos, gerou saldo positivo de 1.992 vagas. Seguindo numa trajetória de recuperação, o Comércio permitiu a entrada de 1.481 pessoas no mercado formal da região. Por outro lado, as atividades de alojamento e alimentação continuam perdendo vagas com intensidade na RMC. De acordo com o estudo, os ajustes no mercado de trabalho regional favoreceram, no mês de agosto, os grupos formados por profissionais com Ensino Médio (83% das vagas criadas) e pertencentes à faixa etária de 18 a 24 anos (53% dos postos). Trabalhadores de 50 a 64 tiveram seus espaços diminuídos em 527 postos. Por gênero, apenas 1/3 dos cargos foi preenchido por mulheres. Para Eliane Rosandiski, os dados de agosto sinalizam a continuidade da recuperação do emprego depois de um intenso ajuste no primeiro semestre, sobretudo em razão da flexibilização das atividades. “A retomada das contratações na Indústria, que conduz a dinâmica econômica, indica esforço para organizar os estoques para o fim do ano e mostra efeitos positivos dos programas protetivos do governo federal (Auxílio Emergencial e Benefício Emergencial), que asseguram, até o momento, uma demanda mínima”, avalia a professora.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por