SEGURANÇA NO TRÂNSITO

Emissão de multa por recusar bafômetro tem queda de 34% em Campinas

Casos na cidade vão na contramão do Estado, que registrou ligeiro aumento

Thiago Rovêdo/ thiago.rovedo@rac.com.br
13/07/2022 às 09:00.
Atualizado em 13/07/2022 às 09:00

Policiais militares abordam motorista durante fiscalização da Operação Direção Segura Integrada (ODSI), promovida pelo Detran paulista, em avenida de Campinas (Divulgação)

Campinas está na contramão do Estado quando o assunto é o número de multas a motoristas que se recusam a fazer o teste do etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro. Enquanto em São Paulo houve um ligeiro crescimento entre maio e junho, o Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran.SP) registrou uma queda nas autuações na cidade, durante as fiscalizações da Operação Direção Segura Integrada (ODSI). 

O Detran.SP informa que 35 motoristas foram autuados em maio deste ano em Campinas por se recusarem a realizar o teste do etilômetro. Em junho, foram 23 autuações registradas pelo Departamento de Trânsito - uma queda de 34,28% -, sendo que a quantidade de motoristas que se recusaram a soprar o equipamento foi 1,4% superior à registrada em maio. Enquanto há dois meses 485 pessoas foram autuadas, no mês passado 478 condutores foram multados.

"É muito importante que os condutores sejam conscientes e nunca dirijam após beber. Álcool e direção é uma combinação que definitivamente não dá certo. Respeitar a legislação de trânsito é uma questão de cidadania", afirmou Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP. Além disso, em Campinas, 12 condutores foram autuados em maio por estarem dirigindo sob influência de álcool, quando o bafômetro aponta até 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Em junho, esse número foi de oito infrações.

O valor da multa é de R$ 2.934,70 e os condutores responderão a processo de suspensão da carteira de habilitação. No caso de reincidência no período de 12 meses, a pena será aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH. Vale lembrar que tanto dirigir sob a influência de álcool quanto se recusar a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, de acordo com os artigos 165 e 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Celular

O Detran.SP também informou que Campinas conseguiu diminuir o número de multas por celular ao volante. Mais uma vez, o município se sai melhor em relação aos números estaduais, que tiveram um crescimento quando o período comparado é o primeiro semestre do ano passado com os primeiros seis meses de 2022.

De acordo com os dados do órgão estadual, em Campinas foram aplicadas 1.365 multas por celular ao volante no primeiro semestre deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 1.721 multas - uma queda percentual registrada de 20,68%.

Por outro lado, os dados apontam que houve aumento de 61% na quantidade de multas aplicadas no Estado de São Paulo por uso de celular ao volante, no comparativo entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2021. No total, foram 140.451 autuações por esse tipo de infração nos primeiros seis meses de 2022, contra 53.964 no ano passado.

Só na capital, 109.121 condutores levaram multa por manusear, utilizar ou segurar o telefone celular ao volante entre janeiro e junho deste ano, o equivalente a 77,7% das infrações do tipo registradas em todo o Estado. "É preciso que os motoristas entendam que, assim como a bebida alcoólica, o telefone móvel não combina com direção. Um trânsito mais seguro depende do engajamento de todos", afirmou o diretor-presidente.

Classificada como infração gravíssima pelo CTB, a multa por uso de celular ao volante é de R$ 293,47, além de resultar em sete pontos na CNH. A autuação pode ainda ser combinada com outro tipo de infração, a condução de veículo sem as duas mãos ao volante, com valor de R$ 130,16 e que rende mais cinco pontos na carteira.

Trabalhadora de entrega com moto, Stephani Gomes, de 28 anos, toma os cuidados necessários para não ser multada utilizando o celular. Como o aparelho fica fixado próximo ao painel do seu veículo para ajudá-la a encontrar as ruas da cidade, ela sempre digita o endereço antes de sair para realizar mais uma entrega e não mexe mais no telefone enquanto pilota.

"Eu digito aqui antes, encontro o caminho que tenho que fazer e só depois disso eu saio com a moto. Tem que ficar atento não só com a multa, mas com a segurança também, porque mexer no celular enquanto dirige, querendo ou não, tira um pouco da atenção do motorista", explicou a entregadora. Stephani contou que já cometeu um deslize e foi multada enquanto mexia no celular e estava dirigindo um carro. "Em um momento que você acha que é rápido, que é só responder uma mensagem ou olhar alguma resposta. Acabei sendo multada", contou.

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