MOBILIDADE URBANA

Emdec implanta sistema ‘Onda Verde’ na Avenida John Boyd Dunlop

Semáforos foram sincronizados para permitir que motoristas passem por uma sequência de sinais abertos durante determinado período

Da Redação
24/04/2025 às 13:17.
Atualizado em 24/04/2025 às 14:28
Testes realizados por técnicos da Emdec registraram redução de 13% no tempo necessário para percorrer o trecho Centro-bairro e de 11% na direção oposta (Divulgação Emdec)

Testes realizados por técnicos da Emdec registraram redução de 13% no tempo necessário para percorrer o trecho Centro-bairro e de 11% na direção oposta (Divulgação Emdec)

Os motoristas que costumam circular pela Avenida John Boyd Dunlop, no trecho entre a Rua Mário Scolari e a Praça da Concórdia, no distrito do Campo Grande, devem reduzir o tempo gasto no trânsito. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) implantou naquele percurso a chamada "Onda Verde", que consiste em sincronizar os semáforos de modo que os veículos passem por uma sequência de sinais verdes por determinado período, facilitando assim o escoamento do tráfego. 

De acordo com a Emdec, o sistema foi instalado em 28 equipamentos no sentido bairro-Centro e em 29 no sentido oposto. Com o novo padrão de sincronia dos semáforos e de fluidez do tráfego, os técnicos da Emdec registraram, por meio de testes, uma redução de 13% no tempo necessário para percorrer o trecho no sentido Centro-bairro, e de 11% no sentido contrário. A "Onda Verde" já está operando na via de segunda a sábado, das 5h30 às 23h; e aos domingos, das 6h30 às 23h. Os tempos semafóricos programados para a madrugada já atendem ao baixo fluxo registrado na via durante o horário.

Para o condutor aproveitar o benefício proporcionado pela Onda Verde, é preciso atenção à velocidade do veículo. A programação dos semáforos considera o tempo percorrido por quem respeita o limite de velocidade da via, que é de 50 km/h. Ou seja, não adianta se apressar: quem ultrapassa o limite de velocidade, além de correr riscos, também pegará os próximos semáforos fechados.

Além de oferecer mais agilidade nos trajetos percorridos e incentivar o respeito à velocidade máxima da via, a Onda Verde promove benefícios ambientais. Isso porque, ao reduzir as paradas nos semáforos e o tempo do trajeto, há uma otimização do uso dos motores, reduzindo a emissão de gases poluentes.

"Esta é uma iniciativa de mobilidade urbana que impacta diversos fatores que influenciam a qualidade de vida da população. Desde o benefício imediato de chegar mais rápido em casa ou ao trabalho, até aqueles que o condutor não vê, como a qualidade do ar e uma maior proteção contra sinistros que envolvam o excesso de velocidade", destacou Vinicius Riverete, presidente da Emdec.

Vale observar, entretanto, que o fluxo promovido pela Onda Verde pode ser afetado por situações adversas de trânsito, como a ocorrência de acidentes e bloqueios emergenciais na via, ou uma quantidade muito grande de veículos em circulação, o que impacta a manutenção da velocidade.

OURO VERDE

O estudo para a implantação da Onda Verde na John Boyd Dunlop foi iniciado a partir do atendimento da Emdec a uma demanda da população, sobre o número de paradas realizadas em semáforos na via. Técnicos da empresa fizeram os primeiros levantamentos de dados, em campo, em dezembro de 2024, em trecho entre o Satélite Íris e a Praça da Concórdia. Depois, ampliaram para todo o trecho contemplado.

Considerando os diferentes fluxos em horários de pico e entrepico, os profissionais realizaram a reprogramação remota dos equipamentos, a partir da Central de Monitoramento de Operação de Semáforos da Emdec, que fica na sede da empresa, na Vila Industrial. Isso foi possível após a centralização de todos os controladores semafóricos da John Boyd, no segundo semestre de 2024. Antes, a alteração dos tempos de cada sinal precisava ser realizada no local.

Depois, os técnicos fizeram testes in loco e realizaram observações e ajustes necessários, até chegar aos tempos semafóricos hoje adotados para a Onda Verde, que são diferentes, a depender do horário. O tempo de travessia para os pedestres continua sendo respeitado e acompanha a programação.

Com a iniciativa concluída no corredor Campo Grande, agora a equipe se debruça sobre estudo semafórico que beneficie o corredor Ouro Verde. No momento, os técnicos levantam dados sobre os fluxos registrados em dois trechos da Avenida das Amoreiras: entre as ruas Rio Grande do Sul e Amância Cesarino, e entre a Rua Itapecerica da Serra e a Avenida Ana Beatriz Bierrembach.

Outras vias da metrópole já contam com ajustes em semáforos, promovendo o fluxo quando a velocidade permitida é mantida pelos condutores. Entre elas, as avenidas Francisco Glicério, Senador Saraiva, Campos Sales e Barão de Itapura.

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