Emdec estuda a construção de três novos terminais de ônibus em Campinas

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) confirmou que iniciou estudos para construir três novos terminais de ônibus na cidade. As próximas estruturas deverão ser erguidas nas regiões do Parque Santa Bárbara, Amarais e Campo Belo. O presidente da empresa, Vinicius Riverete, explicou que os estudos começaram por esses locais, porque se tratarem de áreas com alta concentração de pessoas e que comportam receber estruturas dessa envergadura.

Segundo Riverete, em relação ao Parque Santa Bárbara, a estimativa é a de que o estudo fique pronto em 60 dias. Nas outras regiões, ainda não há um prazo e nem uma definição de onde os terminais serão construídos, informação que depende ainda de análises.

"Realizamos uma reunião com o vereador Juscelino da Barbarense e foi solicitada essa avaliação, para que possa ser construído o espaço de terminal, seja ele fechado ou aberto, de modo que os usuários possam obter mais segurança e comodidade no embarque. A Emdec vem desenvolvendo o projeto para saber se isso é viável ou não", explicou o presidente.

Em relação ao Campo Belo e Amarais, Riverete avaliou que essas regiões são grandes - com alta demanda de passageiros - e terminais nesses locais poderiam colaborar, inclusive, com um aperfeiçoamento da operação. "Estamos considerando o Campo Belo, porque ali, realmente, um terminal seria de extrema importância para a região. E o mesmo vale para os Amarais. Estamos dando prioridade ao transporte público e isso envolve a mobilidade urbana da cidade. Esses espaços precisam ser levados para essas regiões, porque vão melhora a operação como um todo. Serão terminais ou pequenos terminais, os quais oferecerão mais comodidade e segurança à população", explicou.

line, de 18 anos, moradora do Jardim Santa Mônica, acredita que a construção de um terminal na região dos Amarais será muito benéfica para toda a população local. "Acho que isso aumenta a sensação de segurança e isso é muito importante. Aqui, à noite, fica vazio e a gente pode ser assaltado, o que poderia ser evitado em um terminal", afirmou. Paula Araújo, de 17 anos, pensa como a amiga, além de mencionar as questões climáticas. "Além de segurança, temos que pensar na comodidade, porque, quando chove, não tem muito o quê fazer. Somente a cobertura do ponto de ônibus não comporta muita gente. Então, um terminal seria muito mais confortável para a população daqui", opinou.

A atendente de loja Bruna Thaís, de 26 anos, considera que um terminal de ônibus melhora a condição de qualquer morador de Campinas. "Onde tem um terminal, há mais conforto e segurança disponível à população. Então, se, por um acaso, a Prefeitura realmente decidir construir um aqui na área, acredito que será algo muito bom para quem usa o transporte público", afirmou.

Mudanças

Nos últimos tempos, Campinas assistiu a grandes mudanças nos terminais de transporte coletivo. Primeiro, o Terminal Central instalou catracas que limitam o acesso dos usuários. Para entrar, o usuário precisa debitar 80% do valor da tarifa no Bilhete Único ou pelo QR Code. Os 20% restantes são debitados quando o passageiro entra pela porta dianteira do ônibus.

Para viabilizar o fluxo de pessoas que se servem do comércio nos arredores do terminal, a Emdec construiu uma passarela de pedestres, que permite a passagem de quem vem da Av. Moraes Sales e Rua Álvares Machado até as proximidades da Estação Cultura e vice-versa.

Logo em seguida,a Emdec migrou a operação do Terminal Campo Grande para o novo Terminal BRT, que fica na Avenida John Boyd Dunlop (JBD), na altura da Rua Luiz Raphael Lot, no Jardim Sul América. No total, são 23 linhas que atendem a população do distrito.

Projeto-piloto do BRT começa com acidente no Campo Grande 

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) iniciou, ontem, um projeto-piloto com a primeira linha com características BRT a entrar em operação em Campinas. Chamada de BRT20, ela vai ligar terminais do BRT Campo Grande e Mercado. O primeiro dia, no entanto, foi marcado por um acidente envolvendo um dos veículos no distrito. A linha BRT20 atende aos terminais Campo Grande, Satélite Íris e Estação Londres, na Avenida John Boyd Dunlop (JBD).

Estação Rodoviária e Terminal BRT Mercado, na região central. São, portanto, cinco paradas em um trajeto semiexpresso, que ligará a região do Campo Grande ao Centro em cerca de 40 minutos. A linha circula com intervalos de 20 minutos e a frota dispõem de quatro veículos. Nos horários de pico da manhã, opera entre 5h30 e 8h50 - do Terminal Campo Grande ao do Mercado. No pico da tarde, entre 16h10 e 19h30, parte do Terminal Mercado com destino ao do Campo Grande. Nas duas faixas horárias, o retorno pelo sentido oposto ao da circulação é reservado, ou seja, sem paradas, para agilizar as viagens no sentido de maior fluxo de passageiros. Quanto ao acidente, ele ocorreu por volta as 5h50, quando o motorista, aofazer a manobra na plataforma, colidiu com a rampa de acesso ao veículo.

“Rapidamente, houve a substituição por um veículo reserva e os passageiros foram transferidos. Não houve vítimas ou danos à estrutura", informou a Emdec, por nota. A empresa reforçou que se trata de uma operação experimental e sujeita a adaptações, a partir dos eventos registrados no primeiro dia. "As equipes trabalham para que não ocorra mais nenhuma situação desse tipo e está preparada para a imediata orreção dos problemas", finalizou. O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano e Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp) lamentou o incidente e informou que não houve vítimas.