CAMPANHA

Emdec divulga balanço do ‘Maio Amarelo’ em Campinas

Ocorreram ações de conscientização e prevenção de acidentes de trânsito

Israel Moreira/ israel.moreira@rac.com.br
01/06/2023 às 09:05.
Atualizado em 01/06/2023 às 09:05

Agentes da Emdec reforçaram ações de conscientização dos motoristas sobre segurança no trânsito no Maio Amarelo (Kamá Ribeiro)

A campanha “Maio Amarelo” de Conscientização e Prevenção de Acidentes de Trânsito que envolveu uma série de eventos promovidos pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) terminou na quarta-feira (31). As ações educativas de trânsito em prol da segurança viária foram realizadas de forma presencial nas ruas, universidades, empresas, bares e restaurantes com 38 procedimentos. Quinze escolas receberam projetos atingindo 1,1 mil estudantes. Outras 7,2 mil pessoas participaram de forma direta e indireta das ações. As informações foram divulgadas pela coordenadora de Educação e Cidadania da Emdec, Mariângela Marini.

O presidente da empresa, Vinicius Riverete, destacou a empatia promovida pelas ações, que envolveram diversos atores da mobilidade urbana. "Acho que esse Maio Amarelo foi isso: os ciclistas se colocaram no lugar do motorista; o motorista de ônibus se colocou no lugar do ciclista; o pedestre soube a importância de respeitar o semáforo; o condutor de veículo, de respeitar a sinalização; e os jornalistas, a importância do trabalho de fiscalização e obras de geometria.”

Para o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Carlos Rossini (PV), a atuação dos agentes da mobilidade no dia a dia da cidade, precisa ser visto pela sociedade como anjos da guarda. "Às vezes, é mal compreendido pelo cidadão, mas ele não tem a noção que a atuação destes profissionais visa exatamente proteger as vidas", lembrou o vereador.

Com 302 mortes no trânsito, registradas nos últimos dois anos em Campinas, sendo 151 em 2021 e o mesmo número do ano passado, as ações educativas do Maio Amarelo, têm o objetivo de reduzir as infrações e as fatalidades na circulação de veículos pelo município.

De acordo com o Boletim de Vítimas Fatais no Trânsito 2022, 48 pedestres morreram em acidentes de trânsito, o que representa uma em cada três vítimas fatais, contra 41 ao longo do ano anterior. Com isso, esses usuários ficaram em segundo lugar no ranking da fatalidade. O primeiro lugar é ocupado por motociclistas ou garupas, com 71 óbitos, alta de 2,9% em comparação aos 69 de 2021. Já as mortes envolvendo ocupantes de outros veículos tiveram redução de 16,67%, passando de 30 para 25. Óbitos de ciclistas caíram 36,36% e passaram de 11 para sete.

A Emdec considera fatalidade quem falece em razão das lesões decorrentes de acidentes em até 180 dias após a ocorrência, com base em dados do Instituto Médico Legal (IML) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

MULTAS

Conforme levantamento da Emdec, nos meses de janeiro a abril, foram aplicadas pelos agentes de mobilidade urbana, 25.236 multas de trânsito. As principais infrações são por "estacionar em desacordo com a regulamentação para estacionamento rotativo", a chamada Zona Azul, com total de 1.798 autuações no período. Na sequência, "dirigir veículo segurando telefone celular", com 1.138 multas de janeiro a abril.

ESTADO

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, participou da campanha global “Maio Amarelo”. De acordo com o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga-SP), no primeiro trimestre de 2023 foram registrados 1.152 óbitos em decorrência de acidentes nas vias paulistas, nove a mais que no mesmo período do ano anterior.

Um dos principais pontos de atenção é sobre o uso dos telefones celulares por parte dos motoristas durante a condução de veículos em ruas e estradas. “Atendemos com bastante frequência casos de pessoas que se distraem no uso do celular e acabam cometendo ou sendo vítimas de acidentes de trânsito”, contou o coordenador do Pronto Socorro do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Marcos de Camargo Leonhardt.

Os acidentes também são responsáveis por grande parte das amputações registradas no Estado. Na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, na Baixada Santista e no interior do Estado de São Paulo, 2,5 mil pacientes com membros amputados foram vitimados em ocorrências de trânsito, o que representa 16% do total dos atendimentos. Criada em 2008 pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Secretaria da Saúde, a Rede conta com 20 unidades em todo o estado.

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