Novos contratos precisam passar pelos ritos legais antes de serem assinados
A previsão é a de que até o final do ano os novos equipamentos, 18 a mais que os atuais 144 radares, comecem a ser instalados em grandes avenidas (Kamá Ribeiro)
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) assinou um aditamento de seis meses do contrato com empresa responsável pela gestão dos 126 radares de velocidade e semáforos. No começo de junho, o novo edital, que prevê a instalação de 144 equipamentos - 18 a mais do que o município possui atualmente -, foi homologado, mas ele ainda passa pelos ritos burocráticos, entre os quais a assinatura do contrato.
De acordo com a Emdec, os novos contratos precisam passar pelos ritos legais antes de serem assinados. Apesar disso, não há qualquer custo adicional para os cofres públicos. A previsão é a de que até o final do ano os novos equipamentos comecem a ser instalados.
O Consórcio Campvias II ganhou o primeiro lote pelo valor de R$ 18.019.999,80 e o Consórcio Data Traffic/Shempo/Labor venceu o segundo lote, com o valor de R$ 17.250.000,00. No total, os vencedores vão receber R$ 35.269,999,80 pelo serviço. O contrato é válido por 30 meses.
Após a assinatura e emissão da ordem de serviço, os vencedores do edital terão até quatro meses para fazer a instalação completa dos equipamentos. A Emdec garante que ruas e avenidas não ficarão descobertas de fiscalização, apesar do cronograma escalonado. Por questões burocráticas, a Administração informou que não é possível determinar uma data exata de quando os primeiros novos equipamentos estarão funcionando.
Este edital trouxe duas novidades em relação ao edital cancelado. A primeira é a de que não serão mais instalados radares para multar veículos transitando em faixas exclusivas de ônibus. Com isso, Campinas passará a ter 144 radares - incluindo os 18 novos: 68 pontos de medidores fixos de velocidade e outros 76 equipamentos que controlarão o avanço de semáforo vermelho, parada sobre faixa de pedestres e excesso de velocidade.
A outra é a contratação de duas câmeras de segurança, conhecidas como speed dome. Trata-se de um dispositivo de segurança para monitoramento de grandes distâncias. A câmera speed dome capta e processa imagens de alta qualidade em locais que necessitem de clareza de detalhes.
Com essa tecnologia, é possível direcionar a câmera para onde for preciso, já que ela permite movimentos horizontais e verticais. O grande diferencial está em sua área de cobertura e o zoom, capaz de aumentar imagens e identificar detalhes.
A speed dome é instalada em locais altos e livres de pontos que possam obstruir a captura de imagens. Pelo novo edital, as duas aquisições previstas serão instaladas na esquina da Rua Irmã Serafina com a Avenida Moraes Sales e no cruzamento das Avenidas Aquidaban e Francisco Glicério.
O edital foi um tema polêmico este ano, com o prefeito Dário Saadi (Republicanos) desautorizando o presidente da Emdec, Vinicius Riverete, cancelando o primeiro pregão, que previa a instalação de 58 novos equipamentos. Após a publicação da notícia pela imprensa e inúmeras críticas da população, o prefeito anunciou a suspensão do edital, alegando que não havia sido consultado sobre a proposta. Uma semana depois, outro edital foi lançado, desta vez com 18 novos equipamentos. "Dezoito novos radares serão instalados em locais onde ocorreram 51 mortes por acidentes de trânsito entre 2018 e 2021. Os locais onde esses equipamentos serão implantados ficam nas avenidas John Boyd Dunlop, Ruy Rodriguez, Camucim e Amoreiras", informou Dário, na ocasião.
No edital cancelado, os radares seriam distribuídos por toda a cidade, sendo: 73 pontos de medidores de velocidade, outros 76 radares de avanço de semáforo, faixas de pedestres e velocidade, e 35 pontos em faixas exclusivas de ônibus e detecção de excesso de velocidade. No contrato em vigor, não há radares em faixas exclusivas; as multas são aplicadas por agentes da Emdec.