Segundo nova lei, passageiros devem dar prioridade aos grupos especiais no coletivos municipais
Paulínia tornou todos os assentos dos coletivos do Município preferenciais para grávidas, mulheres com criança de colo, idosos a partir de 60 anos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Uma lei foi aprovada pela Administração no último dia 8. De acordo com a Lei 3.713/2019, proposta pelo vereador José Soares (PRB), somente na ausência desses usuários preferenciais os assentos são livres para uso dos demais passageiros. Segundo o parlamentar, o número atual de bancos preferenciais não atende à demanda de passageiros dos grupos prioritários. “A população de Paulínia cresce a cada dia e as reclamações da dificuldade dessas pessoas em se assentar nos veículos de transporte, principalmente em horários de pico, são corriqueiras”, diz o vereador na justificativa. Ele afirma ainda que a população de Paulínia cresce a cada dia e são muitas as reclamações dessas pessoas sobre a dificuldade em conseguir se sentar nos coletivos, principalmente, em horários de pico. O vereador argumenta que a transformação de todos os assentos em preferenciais já foi adotada em vários municípios do País, proporcionando maior acessibilidade e conforto às pessoas desses grupos prioritários. "Todavia, esta também é uma questão de educação. As pessoas precisam, até por compaixão humana, olhar para o lado e entender as dificuldades do outro, com sensibilidade e gentileza", completa. Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura informou que apoia a medida, por isso, ela foi sancionada. "A Administração entende que a iniciativa do autor do projeto visa promover a conscientização da população. Para isso, vai notificar as empresas para que reforcem a comunicação e orientem os motoristas sobre a lei. A Secretaria de Transportes ainda informa que vai começar uma campanha educativa com o objetivo de reforçar a prioridade dos assentos", garante. Vale ressaltar, que a lei tem caráter mais educativo do que punitivo. Não vai existir um fiscal para garantir que a nova lei seja cumprida, menos ainda algum tipo de multa ou sanção. Mas os motoristas serão treinados para que possam interferir em situações extremas e garantir que o público-alvo faça uso do benefício. A aposentada Benedita Araújo de Paula, 77, que sempre utiliza o transporte público, sozinha ou acompanhada do marido, Antonio Silvestre de Paula, 81, aprova a medida. “Eu acho ótima essa mudança porque às vezes é bem difícil para a gente. Muitas vezes a gente chega no ônibus e já têm outros idosos nos bancos preferenciais, aí as outras pessoas não levantam para dar lugar. Eu espero que agora isso mude e melhore um pouco”, comemora.