Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Em Campinas, obras da Sanasa contribuem para melhorar nota na ONU

Cidade se destaca no ranking mundial, com quase 100% de saneamento básico

Da redação
13/07/2022 às 09:01.
Atualizado em 13/07/2022 às 10:03
Funcionários da Sanasa substituem canos da rede de água e esgoto em avenida de Campinas: menor índice de perdas do Brasil (Kamá Ribeiro)

Funcionários da Sanasa substituem canos da rede de água e esgoto em avenida de Campinas: menor índice de perdas do Brasil (Kamá Ribeiro)

O tratamento de água e esgoto em Campinas tem se destacado entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os investimentos ao longo dos anos já garantiram acesso de água potável e de qualidade a 99,8% da população e coleta e tratamento de água e esgoto a 96% de Campinas, atingindo um dos indicadores previstos na Agenda 2030. Presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), Manuelito Magalhães Júnior aponta que investimentos permanentes têm garantido eficiência no serviço, mas meta é assegurar tratamento a 100% da população.

"A Sanasa está fazendo uma série de investimento, permanentemente, com 20% de todo seu faturamento sendo destinado para isso. São investimentos na melhoria da qualidade de distribuição de água e na redução de perdas, que garantem a preservação do meio ambiente. Campinas é uma cidade com menor índice de perdas do Brasil, menor que muitos países da Europa, por exemplo", aponta. 

A redução de perdas, citadas por Manuelito, integra o Programa de Redução de Perdas, implementado em 1994. Esse trabalho permite a troca de redes na cidade, o que diminui os vazamentos e reduz significativamente os índices de perda de água. Desde 1994, a Sanasa já garantiu a troca de 600 quilômetros de rede (25% desse total foram feitos apenas no ano de 2021). Outros 135 quilômetros já estão contratados pela empresa e com obras previstas para iniciarem ainda em julho.

Com essas trocas, a estimativa é a de que já se tenha economizado o equivalente ao consumo de cinco anos da cidade que, de outra forma, seriam perdidos. Feito por meio da tecnologia Método Não Destrutivo (MND), as máquinas trabalham embaixo da terra, sem necessidade de "rasgar" a rua, como em processos antigos. 

Além disso, o programa permitiu que mais de 538 bilhões de litros de água não precisassem mais ser retirados de rios, contribuindo para a vitalidade da bacia que abastece a região e evitando a utilização de toneladas de produtos químicos que seriam necessários para tratar toda essa água. Hoje, o índice de perdas de água da distribuição da Sanasa é de 20,57%, metade da média brasileira, que está em torno de 40%. 

Segundo Manuelito, o trabalho da Sanasa, agora, visa atingir 100% da população no tratamento e coleta de água e esgoto e na manutenção da segurança hídrica, numa região que sofre com escassez hídrica. "O grande problema são as áreas irregulares, ocupações e invasões. Estamos formatando um programa para atuar especificamente nessas áreas, para fazer coleta e tratamento de esgoto, independente de outras questões habitacionais", apontou.

Segundo Manuelitto, já há estudos para isso. Em relação à segurança hídrica, o presidente da Sanasa sustentou que a construção de mais 19 reservatórios devem aumentar a reserva de 143 milhões de litros de água para 190 milhões de litros, o que deve propiciar esta segurança. 

A assinatura da ordem de serviço para a construção desses reservatórios foi feita na segunda-feira (11), junto do prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos). Ao todo, o investimento será da ordem de R$ 104,7 milhões, sendo que, desse montante, R$ 50,1 milhões serão financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 54,5 milhões virão de uma contrapartida da Sanasa. O financiamento junto à Caixa será pago em 25 anos.

A assinatura faz parte das comemorações pelo aniversário de 248 anos de Campinas. A expectativa é a de que as obras sejam concluídas entre 14 a 18 meses, mas pode durar até dois anos.

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