eleições 2018

Eliseu Padilha diz que a transição já teve início

Segundo o atual ministro-chefe da Casa Civil, coordenador da campanha de Bolsonaro se reunirá com ele amanhã

Estadão Conteudo
Estadão Conteúdo
30/10/2018 às 08:27.
Atualizado em 05/04/2022 às 23:25

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), deve estar em Brasília amanhã para tratar da sucessão presidencial e indicar os primeiros nomes da equipe de transição, que vai trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) até o início do ano que vem. Os membros da equipe de transição devem tomar posse dois dias após serem indicados e ficam no cargo de forma temporária até dez dias após a posse do novo presidente da República. Antes de assumir, passarão pelo crivo da área jurídica do Palácio do Planalto, que vai verificar se existe algum tipo de impedimento para nomeação em cargo público. Segundo Eliseu Padilha, “tudo indica” que Onyx — futuro ministro-chefe da Casa Civil — será escolhido por Bolsonaro como o coordenador da equipe de transição. Tecnicamente, o cargo possui o salário mais alto do grupo formado por 50 pessoas, no valor de R$ 16.581,49. Mas, como não é permitido acumular salários, Onyx receberia apenas a remuneração de deputado federal de R$ 33.763,00. O salário inicial da equipe é de R$ 2.585,13. Embora o processo de transição não tenha começado na prática, Padilha destacou que tecnicamente esta etapa teve início a partir do resultado do segundo turno da eleição, e que o Planalto já organiza os preparativos e a coleta de dados dos ministérios há mais de 20 dias. Ele disse ainda que o CCBB está pronto para receber a equipe de transição, assim que ela for indicada. “O espaço para a transição já está perfeitamente instalado com móveis, computadores, recepção de prédio, segurança da Polícia Federal”, disse. Padilha não descartou a possibilidade de a Força Nacional também reforçar a segurança do prédio. No local, estão disponíveis 22 gabinetes para a equipe de transição, incluindo as duas salas especiais para o presidente e vice-presidente eleitos, que possuem áreas reservadas. Também serão oferecidas 78 posições de trabalho. Lorenzoni disse que a equipe do presidente eleito quer saber “a verdade da Petrobras no Brasil”. Ao ser questionado sobre qual será a política de preços adotada pela estatal, ele afirmou que tem “curiosidade” em saber o que o presidente Michel Temer sabe sobre a Petrobras e que, no governo Bolsonaro, “quem roubar vai para cadeia e ele joga a chave fora”. Apoio de Toffoli O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse ontem que o momento agora “é de ouvir” o presidente eleito, definido pelo magistrado como uma pessoa “alegre”, “bem humorada” e de fácil convivência. Bolsonaro e Toffoli conversaram por telefone na noite de domingo e deverão se encontrar pessoalmente nos próximos dias, em Brasília. Em uma rápida conversa com jornalistas ontem, após participar de solenidade em Comemoração ao Dia do Servidor no STF, Toffoli lembrou que viajou com Bolsonaro para a região amazônica no começo dos anos 2000 para conhecer o projeto do Sistema de Proteção da Amazônia (Sivam). Os dois conviveram por seis dias, sempre acordando cedo, “num sistema militar”, de acordo com o presidente do Supremo. VIAGENS AO CHILE, EUA E ISRAEL ESTÃO NO ROTEIRO INICIAL As primeiras viagens internacionais do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já estão definidas. Elas serão para o Chile, Estados Unidos e Israel, segundo o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que será o ministro-chefe da Casa Civil. De acordo com ele, Bolsonaro foi convidado no domingo pelo próprio presidente Donald Trump para ir aos EUA. Já a escolha do Chile, segundo Lorenzoni, foi feita porque este país “é a grande referência latino-americana”. “Quem deu certo nos últimos 20 anos, aumentou a renda de sua população, tem boa educação, gera tecnologia e hoje comercializa com o mundo todo? O Chile. Então, tem que ter humildade de ver esse exemplo com atenção”, disse Lorenzoni ontem. Antes de viajar, porém, Bolsonaro deverá ser submetido a uma cirurgia para análise de sua colostomia, que será feita em dezembro. Nesta semana, Bolsonaro ficará no Rio e passaria o dia de ontem “de folga”. Hoje, ele terá uma reunião com a sua equipe econômica, liderada pelo economista Paulo Guedes. Já Lorenzoni irá para Brasília amanhã, onde organizará a equipe de transição junto com o general Augusto Heleno, que será o ministro da Defesa. O astronauta Marcos Pontes já trata sua nomeação ao ministério de Ciência e Tecnologia como certeza. Na sua página no Facebook, ele disse ontem que está muito feliz de ter a oportunidade de participar do governo e que agora “só falta o anúncio oficial” de sua indicação.

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