Eleitor enfrenta fila para regularizar o título

O Palácio da Justiça, em Campinas, registrou ontem uma longa fila de eleitores em busca da regularização do título eleitoral, quando foi encerrado o prazo para transferir, atualizar ou emitir o documento. Até o início da semana, cerca de 32 mil pessoas se encontravam com título cancelado na cidade. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda não existe um levantamento sobre a regularização, mas na terça-feira, Campinas contava com 846.505 eleitores. A última atualização do órgão, chegou a 846.797 campineiros, um aumento de 292 pessoas. A fila começou a se formar antes das 9h, horário em que abre o cartório. Em ano eleitoral, a solicitação do título deve ocorrer até 151 dias antes do pleito. Em ano não eleitoral, o documento pode ser requerido em qualquer dia, mas não é admitida procuração para solicitação do título. A alagoada Luciene Ramos, de 36 anos, estava no cartório eleitoral para transferir seu título para Campinas. Ela se mudou para a cidade há três anos, se casou, mas até agora tinha de justificar sua ausência nas urnas de Maceió. “Quero voltar a ter o direito de votar e escolher meus candidatos, principalmente diante da crise política que vive o Brasil”, disse. O jovem Matheus Nogueira, de 18 anos, estava no cartório para tirar o título. “Deixei para o último dia porque o cenário político atual não é nada animador e eu não tinha motivação alguma para votar”, reclamou. Segundo ele, o documento foi feito apenas para deixar a vida em ordem. “Se trata de uma obrigação”, admite. Já a biometria ainda não é obrigatória para os eleitores de Campinas. Ou seja, aqueles que ainda não se cadastraram no sistema biométrico poderão votar normalmente. A recomendação é que os interessados em fazer esse cadastro compareçam no cartório a partir de hoje. O atendimento vai até as 18h em todas as cidades da região de Campinas. Apenas em novembro começa a mudança obrigatória na cidade, que servirá para a eleição de 2022. Para realizar o cadastro biométrico é preciso levar um comprovante de residência recente e um documento original. Para os homens que forem tirar a primeira via do título de eleitor, também é preciso levar o comprovante de quitação do serviço militar. Ao passar por uma triagem, o eleitor tem a documentação conferida. Nos guichês são registradas as digitais, foto e assinatura eletrônica. Após o cadastro, o eleitor já sai com o novo documento nas mãos.