Campinas possui 208 escolas municipais, que abrigam a educação infantil e o ensino fundamenta
A adoção de novas tecnologias, como óculos especiais para pessoas com baixa visão, contribui para promover a inclusão e qualificar a aprendizagem na rede municipal de ensino, segundo a Secretaria de Educação (kamá Ribeiro)
Essencial para a transformação do cidadão e, consequentemente, da sociedade, a educação vem sendo cada vez mais desenvolvida em Campinas. O secretário municipal de Educação, José Tadeu Jorge, destacou que é um desafio permanente melhorar o sistema de ensino. Aos 249 anos, Campinas possui 208 escolas municipais, que abrigam a educação infantil e o ensino fundamental. O Estado é responsável pelo ensino médio.
O secretário argumentou que é importante lembrar da característica sistêmica da educação. "É um sistema que se inicia na educação infantil, passa por várias etapas, fundamental, ensino médio, ensino técnico, educação superior, educação continuada e se prolonga durante toda a vida. Portanto, é um sistema que não termina e que depende, cada uma das suas etapas, da etapa anterior. Por isso, é importante que o Poder Público assegure a qualidade no sistema educacional em todas as fases", analisou.
Para o futuro, Campinas espera ampliar a oferta de ensino integral, a quantidade de creches, melhorar o uso da tecnologia nas salas de aula e dobrar a quantidade de professores da educação especial, indo de 150 para 300. Recentemente, a Prefeitura entregou 81 unidades de óculos especiais para pessoas com baixa visão. Esses equipamentos possuem um dispositivo portátil digital que identifica objetos e ambientes através de scanner e informa todos os detalhes, por áudio, para os usuários.
O dispositivo digital chamado OrCam My Eye tem tecnologia israelense, converte texto em áudio e é pouco maior que um pen drive, podendo ser aplicado em outros modelos de óculos. A medida tem como objetivo auxiliar os estudantes no processo de aprendizagem e promover inclusão na educação. O secretário afirmou que todas as escolas estão totalmente preparadas para inserção de ferramentas tecnológicas. "A grande discussão que nós temos na rede hoje é de como melhor usar a tecnologia para intermediar o processo educacional. Agora, o nosso esforço é do sentido de cada vez mais qualificar os professores, formá-los para que eles possam potencializar a utilização da tecnologia da melhor forma para o máximo aproveitamento dos nossos alunos, em uma aprendizagem que seja mediada pelos processos tecnológicos que estão implantados na rede".
Com relação à educação infantil, a Secretaria projeta zerar a fila de espera por vagas em creches da cidade. "O projeto contempla a construção de 16 escolas, que está em andamento, chamado Espaço do Amanhã. Ele visa justamente conseguir dar matrícula e introduzir nas nossas escolas todas as demandas existentes em Campinas. Dezesseis creches estão sendo construídas. A previsão do término é no início do ano que vem. Nós estaremos disponibilizando mais cinco mil vagas, vagas estas que, certamente, poderão dar conta da demanda existente".
Já no ensino fundamental, a meta é ampliar o período de aulas. "A educação integral é mais do que simplesmente aumentar o número de horas que a criança passa na escola. É uma maneira de considerar a aprendizagem e o processo existente de absorção de conhecimento por parte dos nossos alunos de maneira integrada. Isso inclui atividades artísticas, atividades de lazer e de esportes e atividades culturais, que permitam potencializar a capacidade de aprendizagem das crianças em relação ao currículo como um todo".
Dessa forma, destacou Tadeu Jorge, a Pasta pretende assegurar a existência de um sistema interativo que visa otimizar a aprendizagem e o resultado final no processo de transmissão de conhecimento. No segundo semestre deste ano, a Secretaria irá iniciar o processo de licitação para implantar esse modelo em aproximadamente dez escolas.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) ocorre em Campinas a partir de uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), que estão empenhadas em zerar o analfabetismo na metrópole. "Esperamos conseguir efetivamente transformar Campinas em uma cidade onde os seus munícipes possuem o conceito de cidadania plena, ou seja, eles podem estar inteiramente ligados à vida e com chances de melhorar a sua qualidade de vida e participar mais ativamente como profissionais no mercado de trabalho", destacou Tadeu Jorge.
Por fim, o secretário de Educação de Campinas afirmou que a educação precisa ser vista como um desafio permanente para melhorias. "Essa afirmação não vai mudar nunca. A educação é algo que sempre avança, sempre pode ser melhor. Qualquer patamar que possamos atingir é possível pensar e melhorar ainda mais. Quanto melhor puder ser a educação, mais vamos avançar em termos de qualidade de vida, em termos de justiça social, em termos de integração das pessoas, enfim, em cidadania plena para todas as pessoas. Então, os desafios são permanentes. Principalmente em termos qualitativos. Ou seja, temos que ter o espírito de melhorar sempre e continuamente os nossos processos educacionais e consequentemente os resultados desse processo".