PARQUE

Ecológico finaliza 1ª parte da reforma

Fase inicial da revitalização inclui recuperação de pistas de caminhada e as áreas esportivas

Renato Piovesan
10/07/2018 às 07:24.
Atualizado em 28/04/2022 às 14:14
Garoto aproveita o clima tranquilo e o cenário bucólico do Ecológico para um passeio de bicicleta: área verde convida à recreação e ao esporte (Leandro Torres/AAN)

Garoto aproveita o clima tranquilo e o cenário bucólico do Ecológico para um passeio de bicicleta: área verde convida à recreação e ao esporte (Leandro Torres/AAN)

Os operários contratados pela D'Paula Terraplenagem estão finalizando neste mês a primeira etapa das obras de revitalização do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim. Os 2,6 mil metros de pistas de caminhada já foram recuperados e cinco quadras poliesportivas estão na fase final de reforma, assim como um campo de futebol e uma cancha de bocha. Houve, ainda, troca recente da iluminação e intensificação dos patrulhamentos da Guarda Municipal no local. Apesar disso, a sensação é que a população campineira ainda não “abraçou” seu parque. E nem parece aguardar com tanta ansiedade pela entrega dos equipamentos reformados. Quem frequenta o local percebe que o potencial para o lazer é grande, mas o improviso e a falta de equipamentos e estrutura não levam a população a utilizar com frequência esse verdadeiro tesouro ambiental, encravado na área Leste da cidade, na rota da Rodovia Heitor Penteado. O histórico de desleixo da Prefeitura com o espaço, bem como sucessivas promessas de investimentos que nunca saíram do papel (leia mais nesta página), fez com que o Parque Ecológico tenha convivido com a perda de centenas de frequentadores ano após ano. Numa imensidão de 1,1 milhão de metros quadrados, o que se vê diariamente é um enorme vazio, que fez do local um ponto com rotina de assaltos em anos anteriores, além de queimadas e até um caso de estupro que chocou a cidade em 2017. As atuais obras, orçadas em R$ 1,07 milhão – o Estado assume os custos, com uma contrapartida de R$ 188 mil do Município –, visam elevar consideravelmente o número de visitantes do espaço, que hoje é ínfimo. Na tarde do último sábado, por exemplo, era possível contar nos dedos quantas pessoas passeavam pela área enquanto operários faziam retoques finais nas quadras reformadas. Dados da Prefeitura apontam que o Parque Ecológico recebe de 2 a 3 mil pessoas nos finais de semana, sendo que a maioria delas comparece apenas para uma feira orgânica já tradicional do local, que ocorre aos domingos. Isso é a metade que o Bosque dos Jequitibás, por exemplo, recebe num sábado. Se iguala ao número de frequentadores da Pedreira do Chapadão, que oferece espaço e até atrações bem menores que o Parque Ecológico. Se comparado ao principal ponto turístico de Campinas, então, a comparação fica desleal: a Lagoa do Taquaral tem média de 30 mil visitantes nos finais de semana e feriados. Desafio Reconquistar o interesse do campineiro pelo Parque Ecológico é desafiador, na avaliação do secretário de Serviços Públicos de Campinas Ernesto Dimas Paulella. “Já voltamos a ter muita frequência nos finais de semana, mas durante semana continua insignificante. Esperamos que com o término das reformas, a Secretaria de Esportes consiga incrementar levando campeonatos e disputas esportivas para local, e com o tempo mostrar para a população que este pode ser um bom espaço para lazer em Campinas”, diz. Para o secretário, as recentes ações visando oferecer mais segurança ao público surtiram efeito nas estatísticas de criminalidade do local, mas ainda não convenceram a população a usar a área. “Quando o espaço fica vazio, a marginalidade toma conta. Mas isso já não ocorre mais. A iluminação já foi reformada, fica bem claro à noite, e a Guarda Municipal faz rondas constantes, de dia e de noite”, explica Paulella. Depois de concluída esta etapa de obras, outros R$ 7 milhões serão investidos em intervenções estruturais, como a reforma de um casarão histórico, remanescente do ciclo cafeeiro. Também será recuperado todo o alambrado do parque, os sanitários e o prédio do antigo restaurante, que deve ser reativado. Mas o dinheiro da segunda etapa só vem quando a Prefeitura prestar contas sobre as obras da primeira. E a Administração Municipal, nas novas intervenções, vai arcar com uma contrapartida maior, equivalente a 20% do montante.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por