VIOLÊNCIA

Dupla sequestra mulher no estacionamento de mercado

Campinas registrou três casos de sequestros relâmpagos entre a tarde e a noite de sexta-feira

Daniela Nucci
07/09/2013 às 18:14.
Atualizado em 25/04/2022 às 03:04
Vítima foi dominada no estacionamento do hipermercado ( Cedoc/RAC)

Vítima foi dominada no estacionamento do hipermercado ( Cedoc/RAC)

Campinas registrou três casos de assaltos seguidos de sequestros relâmpagos entre a tarde e a noite de sexta-feira (6). No meio da tarde, uma senhora de 54 anos foi abordada por dois homens armados no estacionamento do supermercado Carrefour D. Pedro e feita refém. Em estado de choque, ela pediu para não ser identificada e disse apenas que não consegue falar sobre o ocorrido. Os bandidos rodaram em alta velocidade por ruas e rodovias, baterem contra outro carro e depois a liberaram às margens da rodovia D. Pedro I. Além do carro, levaram joias, celular e R$ 120,00. Este não é o primeiro caso de roubo seguido de sequestro relâmpago que acontece no local. No início de 2011, duas moças foram levadas em sequestro relâmpago quando saíam do estacionamento, sendo uma delas estuprada pelo marginal. Em meados do mesmo ano uma empresária de 25 anos, sua tia de 60 anos e uma amiga de 23 também foram assaltadas e feitas reféns no estacionamento do supermercado. As três foram levadas para a favela da Rua Moscou e mantidas reféns enquanto os ladrões faziam saques em suas contas bancárias. Procurado pela reportagem, o gerente de segurança do estabelecimento disse desconhecer o ocorrido. Em nota oficial, o Carrefour informou que "a segurança dos estacionamentos de suas unidades é feita por meio de vigilantes treinados por empresas homologadas pela policia Federal. Os estacionamento estão equipados também com sistema de cancelas automáticas e câmeras de monitoramento. Periodicamente, a companhia ainda promove medidas adicionais de segurança, alinhadas ao seu compromisso de garantir o bem-estar dos colaboradores e clientes que freqüentam a loja. A empresa esclarece que não tem registro do caso relatado pela reportagem, mas esta à disposição da cliente e das autoridades para contribuir no que for necessário nesta ocorrência"   Outros casosOutra vítima foi o advogado C. A. G. J, de 35 anos. Ele estava em seu carro Golf Sportline, no bairro Cambuí, por volta de 23h, quando foi abordado por um homem armado que o mandou passar para o banco de passageiros e assumiu a direção. Dando cobertura, estava um comparsa do ladrão num Peugeot 307 prata. Os dois carros seguiram até a Via Anhanguera, na altura do Km 100, onde deixaram o Peugeot no estacionamento de um posto Shell. Com os dois bandidos dentro do carro, o advogado foi levado até uma agência do Banco do Brasil, no bairro Nova Aparecida, para sacar dinheiro. Não conseguiram porque eles pegaram o cartão errado. Insistentes, seguiram para um terminal de Banco 24h onde sacaram apenas R$ 50,00 porque já passava das 22h e o banco só libera este valor. “Foi a primeira vez que aconteceu isso comigo, mas mantive a calma. Só lembrava da minha família e minha namorada. Fiquei por volta de uma hora e meia com os bandidos. Um deles estava calmo e o outro mais nervoso. Como cooperei, eles me liberaram depois na Via Anhanguera”, diz o advogado, que ainda não recuperou o carro, celular, carteira e outros pertences. Outro que passou por apertos foi o comerciante Adolfo Braz da Costa, de 37 anos, que ficou por 6h nas mãos de três jovens armados. Na noite de sexta, ele foi abordado dentro do seu carro Stilo no semáforo em frente ao Terminal Ouro Verde. No banco de trás, a vítima aproveitou a redução de velocidade do carro para passar uma lombada, abriu a porta e saiu. “Foi minha chance de escapar. Achei que iam me matar. Eles só falavam disso o tempo inteiro”, recorda o comerciante, que ainda não recuperou o carro, carteira e documentos.

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