VIGILÂNCIA AÉREA

Drone vai fiscalizar crimes ambientais em Campinas

Veículo aéreo não tripulado terá câmera acoplada e vai monitorar Áreas de Preservação Ambiental

Cecília Polycarpo
cecília.cebalho@rac.com.br
09/09/2013 às 21:46.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:36

Veículo aéreo não tripulado será utilizado na proteção do meio ambiente (Divulgação)

A Prefeitura de Campinas irá comprar um veículo aéreo não tripulado (vant) conhecido como drone para auxiliar a Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável a combater crimes ambientais. A Administração irá investir também em uma câmera hiperspectral, que consegue captar 300 mil cores a mais do que o olho humano. O secretário Rogério Menezes estima que sejam gastos R$ 265 mil nos dois equipamentos. De acordo com o planejamento da pasta, o primeiro voo do drone será em junho de 2014. Por enquanto, técnicos da secretaria trabalham para determinar as especificações da aeronave, antes da licitação. “Ainda não temos definido o tamanho e nem o modelo exato do vant. Sabemos apenas que ele deve ser robusto o suficiente para acoplar a câmera. É provável que seja de médio porte”, disse Menezes. A câmera custa, em média, R$ 80 mil, de acordo com o secretário. O recurso para a compra dos equipamentos, além de contratação e treinamento de pessoal para operar o drone, sairá do Fundo da Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente (Proamb). O objetivo é fazer um plano contínuo de monitoramento das áreas de preservação ambiental (APAs) e, futuramente, usar os aparelhos para fiscalizar construções irregulares na zona urbana e na vigilância da Guarda Municipal. “Vamos pensar em especificações adequadas para a Secretaria do Verde, que é nossa prioridade. Mas nada impede que o aparelho seja usado por vários outros setores.” Hoje, apenas oito agentes são responsáveis pela fiscalização das APAs de Sousas, Joaquim Egídio, Monte Belo, Carlos Gomes e Chácara Gargantilha. As buscas são feitas principalmente por meio de denúncias. Porém, segundo Menezes, os casos são difíceis de serem comprovados.No ano passado, por exemplo, a pasta não conseguiu aplicar uma multa sequer. “Conseguimos ampliar as autuações neste ano. Já são R$ 600 mil arrecadados. Mas acredito que teremos noção real dos crimes cometidos com a câmera”, explicou o secretário. A tecnologia hiperspectral consegue identificar vegetação, solo úmido, seco e até entulho doméstico em centímetros. O aparelho deve fazer quatro voos por ano, gerando milhares de imagens. “É necessário muito tempo para analisar e esmiuçar as informações depois”, disse Menezes. Ainda segundo ele, os laudos serão como provas dos crimes ambientais. O processo de licitação para a compra ainda não tem precisão para começar. Restrição Apesar do investimento pesado da Administração na compra dos equipamentos, os Vants ainda não têm autorização para voar em perímetro urbano. A Agência Nacional de Aviação e Força Aérea Brasileira preparam uma regulamentação para uso civil e militar dos aparelhos. Em 2014 está prevista a publicação de um manual para uso do equipamento. A segurança no uso desses equipamentos é a principal preocupação do setor. Questões como privacidade, responsabilização por danos a terceiros e faixas de frequências de comunicação a serem utilizadas também serão consideradas na efetiva regulamentação dos vants.

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