Candidato ao governo está tecnicamente empatado com Paulo Skaf (MDB), segundo pesquisa CNT/MDA
João Doria: para melhorar a segurança, tucano afirma que valorizará as polícias, aumentando gradualmente o contingente e as condições de trabalho (Leandro Ferreira/AAN)
Tecnicamente empatado com Paulo Skaf (MDB) na disputa pelo governo do Estado, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada ontem, o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) disse que, se eleito, vai abrir guerra contra os bandidos e os invasores de terra. “Minha política será dura, de tolerância zero. Será polícia na rua e bandido na cadeia. A força da lei vai prevalecer”, afirmou, em visita ao Correio Popular. Na pesquisa, Doria aparece com 16,4% das intenções de voto e Skaf, com 16,2%. O governador Márcio França (PSB) tem 5% das preferências dos eleitores. Doria avisou que no seu governo nenhum policial será punido por enfrentar bandido, defender a vida e o patrimônio. “Eles serão condecorados”, disse. O candidato garantiu que não terá condescendência com bandidos e com movimentos de invasores e que todos os movimentos que não forem legitimados pela negociação e entendimento serão tratados como bandidos. “Será a força da lei. Se quiserem negociar, não tem problema. Apesar de não gostar de esquerdistas, de comunistas, vamos sentar na mesa e discutir. Mas com bandido e invasor não tem discussão. Aplica-se a lei”, disse. Para melhorar a segurança, Doria afirmou que vai valorizar as polícias Civil e Militar, aumentando gradualmente o contingente e as condições de trabalho dos policiais, que terão armamento de última geração para enfrentar os bandidos, hoje melhor armados que a polícia. Ele se propõe a aumentar dos atuais cinco para 22, os Batalhões de Ações Especiais da Polícia (Baep), cada um deles com, no mínimo, 200 policiais militares altamente treinados. O candidato tucano também promete aumentar a proteção dos policiais com coletes à prova de bala, rádio de ativação de voz e veículos blindados para as equipes de confronto. “Será guerra contra os bandidos”, afirmou o ex-prefeito. Doria reforçou que sua gestão será baseada na presença do Estado mínimo, com atuação forte em privatizações, concessões e parcerias público-privadas. Ele pretende conceder ao setor privado todas as rodovias, inclusive vicinais, parques florestais e também os novos hospitais. Vai recriar a Secretaria do Interior, que atuará como uma espécie de curadoria das demandas dos prefeitos e dar agilidade ao atendimento desses pleitos. Além disso lançará um programa de Sistema de Inteligência Municipal, para preparar e qualificar os prefeitos do ponto de vista da gestão, colocando as melhores consultorias do mundo a serviço do programa. Nem portal, nem chafariz O dinheiro do Estado, disse, não será usado para financiar portais nas entradas e nem chafarizes nos municípios. “Dinheiro público será usado para soluções que gerem emprego e ativem a economia”, afirmou. Ele acredita que receberá um Estado financeiramente saudável. “Isso se até o final do ano o Márcio França não estragar. Como ele tem pouco tempo, é mais provável que não consiga. Mas terei que agir firme para despolitizar e desaparelhar o que ele fez nesses poucos meses, para podermos acelerar a desburocratização e a desestatização”, disse. Doria afirmou que não fará uma campanha de ataques e nem usará fake news, apesar de ser vítima diária das notícias falsas diariamente. “A população quer propostas inovadoras, e nossa prioridade será a geração de empregos. Temos hoje uma situação dramática de desemprego, fruto dos governos petistas, que entregaram mais de 13 milhões de desempregados ao Brasil e 7 milhões de subempregados. Só em São Paulo temos mais de 5 milhões sem empregos e vamos reverter isso com a atração de investimentos”, afirmou o candidato.