gravíssima

Donos de red nose vão responder por lesão

Vítima, atacada em praça do Santa Eudóxia, passou por dois enxertos

Francisco Lima Neto
22/10/2020 às 11:50.
Atualizado em 27/03/2022 às 19:32
Red Nose, um dos tipos de pit bull (Divulgação)

Red Nose, um dos tipos de pit bull (Divulgação)

Polícia Civil de Campinas já conseguiu identificar os responsáveis pelo cachorro que atacou uma mulher no rosto em uma praça, no Jardim Santa Eudóxia, na última segunda-feira. Eles devem responder por lesão corporal gravíssima com dolo eventual e omissão de cautela na guarda e condução de animais. As investigações ocorrem pelo 10º Distrito Policial (DP). O delegado José Roberto Rocha diz que o cachorro, um red nose - um dos tipos de pit bull - estava com os primos, M.L.F., de 24 anos e G.H.T.L., de 19. "O cachorro, que dizem que é bem bravo, pertence a uma garota parente deles, que é menor de idade e não estava junto. Eles têm o costume de pegar o cachorro para levar para passear. O cachorro não estava na coleira e nem na guia. Estava solto", diz. Ainda de acordo com o delegado a dupla não demonstrou preocupação com a situação. "Na hora do ataque, com aquela gritaria, sangue para todo lado, eles não fizeram nada. Foram andando lentamente para pegar o cachorro", revela. Ainda segundo o delegado, a vítima Fabiana Freitas Gomes, de 40 anos, estava na Praça Barão de Campinas com uma irmã e a cunhada. Elas estavam no chão fazendo exercícios, acompanhadas por uma personal trainer. "O cachorro pulou as pernas e já pegou direto na cabeça dela. Em seguida foi no rosto e arrancou um pedaço da bochecha. Ela precisou de dois enxertos. Os dois primos serão enquadrados", explica. A cunhada da vítima que enfrentou o cachorro e conseguiu tirá-lo de cima dela. Na sequência ela a socorreu para o Hospital Vera Cruz. O caso foi registrado no 1º DP. O delegado conta que não havia pistas sobre a identidade dos suspeitos o que demandou investigação. "Ninguém sabia quem era eles. O setor de investigação do 10º DP trabalhou ontem (terça-feira) o dia inteirinho, incansavelmente, para identificar os responsáveis", ressalta. Ainda segundo ele, três pessoas já foram ouvidas, incluindo os primos. Nesta quinta-feira, devem ser ouvidas a vítima e a personal trainer para que o inquérito seja concluído. Fabiana afirma não ter raiva, mas quer justiça. “Eu espero que seja feita a justiça da forma correta. Que os culpados possam responder pelo crime que cometeram. Quero deixar registrado que não tenho raiva e nem revolta diante do que me aconteceu. Mas sou uma vítima da imprudência dessas pessoas”, afirma. “Passei por uma cirurgia na face, onde precisei fazer enxerto para reparar os danos causados pela mordida. Para esse procedimento foi retirada parte da pele da minha barriga para realização enxerto”, explica. O Correio Popular não conseguiu contato com os primos.

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