RISCO

Dona de cão agressivo pede ajuda

Mulher procura entidades e Prefeitura para doar ou até sacrificar animal, que atacou duas crianças

Patrícia Azevedo
patricia.azevedo@rac.com.br
17/04/2013 às 08:11.
Atualizado em 25/04/2022 às 20:03

O cão vira-lata Pitu, que começou a ficar violento e a atacar pessoas: dona diz temer uma tragédia (Edu Fortes/ AAN)

A auxiliar de serviços gerais Priscila Moraes de Carvalho está enfrentando um grave problema com um cão vira-latas que tirou das ruas há dois anos. Nos últimos 30 dias, ele se mostrou muito agressivo e mordeu três pessoas, entre elas duas crianças de 4 e 7 anos, e a mulher procura ajuda para doar ou até sacrificar o animal. Ela procurou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura, entidades de proteção animal e até a polícia, mas ninguém a ajudou a lidar com a situação. “Eu tenho medo que ele mate alguém. Está muito violento.”

Pitu, como é chamado, começou a ficar violento e há cerca de um mês mordeu a mãe de Priscila. “A minha mãe ele mordeu no braço, mas depois soltou. Mas com o meu sobrinho de 4 anos foi pior. Ele foi mordido no rosto e no peito, teve que levar pontos”, contou Priscila. Ela disse que há 10 dias Pitu escapou da sua casa, no Parque Universitário, e atacou um outro menino, de 7 anos. A criança sofreu graves ferimentos no rosto, braço e peito e foi atendido no Hospital Ouro Verde. “Estou acompanhando de perto o tratamento dele, mas não sei o que fazer com o cachorro”, diz.

Priscila conta que procurou um veterinário e foi orientada a buscar na Justiça uma autorização para fazer a eutanásia. “Ele disse que eu preciso conseguir laudos e acionar a Promotoria, mas eu não tenho condições financeiras de pagar veterinários”, diz.

O veterinário Diogo Siqueira explica que sacrificar um animal saudável não é tarefa fácil. Ele conta que é preciso fazer uma avaliação da saúde para descobrir a origem da sua agressividade. “É preciso saber se o cão tem algum problema hormonal, se sente dores ou se é um desvio de comportamento.” Siqueira conta que muitos cães têm medo de criança e sem saber o histórico do animal, é complicado fazer um diagnóstico. “Para sacrificar um animal é preciso ter um laudo assinado por três veterinários, entre eles um do CCZ”, diz.

Quando procurou o CCZ, foi informada que não poderia recolher o cão porque ele não estava solto na rua e tem dono. A Secretaria de Saúde informou que a lei impede que o CCZ faça eutanásia. O procedimento só pode ser feito com laudo de um veterinário ligado a entidades de defesa dos animais. A Prefeitura disse que um funcionário do CCZ irá orientar a família.

O deputado estadual Feliciano Filho (PEN), da União Protetora dos Animais (UPA) diz que cabe à Zoonoses resgatar animais que trazem riscos à saúde pública. “Esse cachorro pode ser usado como guarda, para cuidar de patrimônio, chácara. Sempre tem uma saída.”

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