Dois homens são presos por violência doméstica
Um dos suspeitos estuprou a mulher e depois a jogou do alto da escada; no outro caso o agressor chutou e quis quebrar carrinho da filha prestes a nascer
Dois homens foram detidos na manhã desta sexta-feira (1º), em Campinas, em ocorrências distintas por violência doméstica (Wagner Souza/AAN)
Dois homens foram detidos na manhã desta sexta-feira (1º), em Campinas, em ocorrências distintas por violência doméstica. Os suspeitos estavam alterados e um deles drogado. Um dos agressores chegou a estuprar a vítima e depois empurrá-la em uma escada. No outro caso, o agressor fez ameaças a mãe dele e a ex-companheira, que está grávida de nove meses, e tentou quebrar o carrinho da neném. Os suspeitos foram levados pela Guarda Municipal (GM) para a 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). As vítimas serão incluídas no Programa Guarda Amigo da Mulher (Gama). No dois casos, os suspeitos foram agredidos por conhecidos das vítimas, que ficaram revoltados.
O primeiro caso a ser atendido pela GM aconteceu por volta das 6h no Jardim Santa Lúcia. Segundo a subcomandante da GM e coordenadora do Gama, Ana Paula dos Santos Menezes Rojo, a corporação foi acionada, diversas vezes ao longo da madrugada para ver um caso de ameaças. Entretanto, toda vez que a viatura chegava, o suspeito fugia. No início da manhã, a ex-companheira pediu ajuda depois de o homem tentar quebrar os objetos da filha que está para nascer. O chapeiro ameaçava tanto a mãe, que já tem medida protetiva contra o filho, como a ex-companheira. Ele foide tido e levado para a delegacia. O suspeito estava drogado.
No segundo caso, uma mulher foi estuprada, agredida e empurrada escada abaixo pelo marido. O homem foi detido por familiares e espancado. A vítima foi socorrida e levada pela filha ao Pronto-Atendimento (PA) Campo Grande com corte profundo na cabeça. Ela ficou internada em observação. O homem foi levado pela GM para a 2ª DDM.
Segundo Ana Paula, só em 2020 foram realizadas mais de 1.600 visitas às vítimas cadastradas no Gama. Quatro agressores foram presos por descumprimento as medidas protetivas. O programa teve início em 2016, com o atendimento de 25 mulheres. Hoje são 163. “As vítimas de hoje serão incluídas no programa. Não tínhamos conhecimento deles. É importante que mulheres vítimas de agressão procure o programa para receber assistência. São várias as formas que chegam os casos para nós. De forma espontânea, ou por ocorrências, como neste caso, ou enviados pela justiça e por programas da Prefeitura ou por órgãos de proteção e combate à violência contra mulheres”, disse a coordenadora.
