PULMÃO-RIM

Doença raríssima é diagnosticada em Campinas

Durante 20 anos, apenas seis casos da Síndrome de Goodpasture foram diagnosticados no Hospital de Clínicas da Unicamp

Agência Anhanguera de Notícias
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03/06/2013 às 22:17.
Atualizado em 25/04/2022 às 13:36

Um caso de uma doença raríssima, que afeta o pulmão e o rim e que é conhecida como Síndrome de Goodpasture, foi diagnosticado no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas. O paciente, de 60 anos, deu entrada na urgência do pronto-socorro em 22 de março, mas a ocorrência só foi divulgada nesta segunda-feira (3) pela Prefeitura.

Os sintomas, dores abdominais, diarreia e pressão alta, poderiam ser confundidos com várias outras doenças, mas a equipe de Terapia Intensiva e de Nefrologia fez o diagnostico certeiro, salvando a vida do paciente, que, depois de passar um mês internado na UTI foi transferido para o Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que dispõe do tratamento direcionado para a atual condição clínica do doente.

Devido à raridade e à complexidade da síndrome de Goodpasture, o caso se tornou objeto de estudo e uma aula foi dada para médicos e residentes. Antes do diagnóstico feito pelo Mário Gatti, outros cinco casos da mesma doença foram identificados pela equipe de nefrologia do Hospital da Unicamp.

Somando o recente diagnóstico, a região de Campinas registrou seis portadores da doença rara nos últimos 20 anos. Dados estatísticos sobre biopsias renais realizadas no Brasil, revelam que entre meio a um paciente em 1 milhão de pessoas são acometidas da doença no País.

A doença 

A síndrome é caracterizada pela rápida destruição dos rins, por hemorragia dos pulmões e por ser autoimune. O diagnóstico é comprovado quando na biópsia são encontrado anticorpos específicos. Por ora, não existe cura, mas tratamento, que consiste em remédios que bloqueiam os anticorpos que destroem os dois órgãos. 

A terapia dura cerca de oito a doze meses e as recidivas são raras.Com o tratamento, a taxa de mortalidade cai de 90% para os atuais 20%. Há, casos, entretanto, em que há complicações pelo uso da droga (o efeito rebote). 

 

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