CRISE

Dívida pública de Paulínia supera os R$ 196 mi

De acordo com o prefeito José Pavan Junior (PSB), R$ 22,7 milhões desse montante se referem a valores retidos e não repassados ao Pauliprev

Gustavo Abdel
29/04/2015 às 12:47.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:06
Coletiva de imprensa com o prefeito de Paulínia,  José Pavan Junior (PSB); dívida pública é de R$ 196.602.322,00 ( Dominique Torquato/ AAN)

Coletiva de imprensa com o prefeito de Paulínia, José Pavan Junior (PSB); dívida pública é de R$ 196.602.322,00 ( Dominique Torquato/ AAN)

O prefeito de Paulínia José Pavan Junior (PSB) divulgou, em coletiva na manhã desta quarta-feira (29), que os cofres municipais estão com uma dívida de R$ 196.602.322,00, e que será necessária a prorrogação do decreto que suspendeu pagamentos e contratação de fornecedores em até 30 dias. Segundo o prefeito continuam desaparecidos cerca de 2 mil contratos firmados na gestão do ex-prefeito Edson Moura Junior (PMDB). A Promotoria de Justiça também instaurou inquérito que irá apurar supostos desvios R$ 27.923.284,00 em recursos públicos de “contas carimbadas” (ou seja, com destinação específica para setores prioritários, como saúde e educação), como a do programa Farmácia Básica, durante o ano passado. Esse pedido havia sido feito à Justiça em abril pela secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura. Ontem, durante a apresentação dos números, Pavan mostrou que R$ 22,7 milhões dos R$ 196 milhões se referem a valores retidos e não repassados ao Pauliprev (Fundo de Previdência). Esse valor, segundo o prefeito, sairá da dívida total do município assim que os vereadores aprovarem projeto de lei que autorize o parcelamento desse valor, que deverá em tramitação essa semana na Câmara. Já os valores descontados dos funcionários e não repassados ao INSS é de R$ 3.924.724,06.O administrador também apresentou dados que mostram a não aplicação de 100? da verba do Fundeb em 2014, totalizando R$ 13,3 milhões que deixaram de ir para a manutenção do Ensino Fundamental. Já de recursos desviados da saúde, educação e assistência social o valor da dívida alcançou R$ 40,6 milhões. Essa verba é considerada "carimbada" para essas áreas, mas que supostamente foram desviadas entre 2014 e início desse ano.Apesar do rombo, a Prefeitura diz já ter pago aproximadamente R$ 50 milhões de dívidas em 60 dias de gestão. "Nos próximos 40 dias vamos planejar as ações que tomaremos para o restante se 2015", frisou Pavan.

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